Filme sobre Betinho emociona plateia no Festival do Rio
Documentário de Victor Lopes estreia dia 29 nos cinemas. Além dele, sobressaíram na program,ação do fim de semana, o americano “Já Sinto saudades” e o nacional “Beatriz”
atualizado
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O documentário “Betinho — A Esperança Equilibrista”, de Victor Lopes, e a ficção americana “Já Sinto Saudades”, de Catherine Hardwicke, sobressaíram na programação do primeiro fim de semana do Festival do Rio. O evento começou no dia 1° e prossegue até 14 de outubro, exibindo títulos de mais de 60 países, em diferentes mostras.
“Betinho — A Esperança Equilibrista” é sobre Herbert Souza, o Betinho, que virou símbolo da campanha pelo retorno dos exilados durante a ditadura militar — cantado por Elis Regina num clássico da MPB, “O Bêbado e a Equilibrista”, canção de João Bosco e Aldir Blanc..
Logo em seguida, Betinho, que era hemofílico, contraiu o vírus da Aids, liderou campanhas contra o preconceito e a favor de uma política pública contra a doença. Isso foi só parte de sua luta.
Talvez ele próprio valorizasse mais que tudo sua campanha pela cidadania e pela ética, e a luta contra a fome.
Havia gente chorando durante a sessão, e muitos outros de olhos vermelhos, quando terminou. “Poderia emocionar muito mais”, admite o diretor, que podou o que lhe pareciam “excessos”.
Duas amigas e a morte
Enquanto “Betinho” reflete sobre a morte, contra a qual o protagonista lutou sem medo, o longa hollywoodiano de ficção “Já Sinto Saudades” — da mesma diretora que formatou a série “Crepúsculo” — acompanha a história de duas amigas (Toni Collette e Drew Barrymore), da infância ao enfrentamento de um câncer, na idade adulta.
A personagem de Toni Colette é diagnosticada com a doença. Faz quimioterapia, perde o cabelo. Faz mastectomia, perde os dois seios. E o tempo todo ela e a amiga falam de morte, mesmo quando parecem evitar o tema. O filme também fala sobre o desejo feminino. Ao abordar temas tabus de forma humana e até divertida, “Já Sinto Saudades” resulta numa das boas surpresas do festival.
A libido também está no centro de “Beatriz”, de Alberto Graça, que inaugurou a mostra competitiva da Première Brasil. Uma mulher transforma-se em cobaia de experimentos eróticos que impulsionam o processo criativo do parceiro escritor. O editor tem a ideia de transformar o texto em peça de teatro, que é ensaiada à medida que o autor vai fornecendo os capítulos.
Com informações da Agência Estado