Filme Queer impressiona com cenas quentes e ousadas de Daniel Craig
Queer, o novo filme de Luca Guadagnino, estreia no Brasil nesta quinta-feira (12/12) e é estrelado por Daniel Craig
atualizado
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Queer, o novo filme de Luca Guadagnino, estreia no Brasil nesta quinta-feira (12/12) com uma proposta ousada. Baseado no livro homônimo de William S. Burroughs, a trama acompanha Lee, um expatriado americano na Cidade do México, interpretado por Daniel Craig, em sua obsessão por um jovem ex-oficial da marinha, Allerton, vivido por Drew Starkey.
Com temas como desejo, solidão e obsessão, a comparação com Rivais, outro filme do diretor lançado neste ano, é inevitável.
Apesar de também explorar muito a sensualidade, enquanto Rivais joga com a tensão de um jogo psicológico entre seus personagens principais, Queer se dedica a explorar a obsessão unilateral de Lee por Allerton, um desejo que se transforma em uma busca desesperada por compreensão e reciprocidade – o que chega a ser até sombrio.
Daniel Craig é o ponto alto do filme. A interpretação de Lee, um homem perdido, imerso em vícios e em busca de um amor impossível, traz profundidade para trama. Em suas andanças pela Cidade do México, Craig constrói um personagem solitário e com uma constante sensação de vazio.
Guadagnino foca na tensão sexual e emocional entre Lee e Allerton. As cenas íntimas são intensas e sem nenhum pudor, o que também pode assustar algumas pessoas. Além de explícitas, elas também são muitas e prolongadas, o que geralmente é difícil ver nos cinemas.
Apesar da profundidade da primeira parte, a segunda metade do filme, que tem duração de 2 horas e 15 minutos, leva a história para um lugar confuso.
A busca de Lee, que é viciado em drogas, por Ayahuasca, uma planta alucinógena, pela América do Sul, pode causar confusão no público, já que a trama se perde entre alucinações e flashbacks do protagonista. Do meio para o final, o filme perde ritmo.