Festival de Brasília terá 10 dias e novas mostras na 50ª edição
Edição comemorativa de 50 anos do Festival de Brasília terá 10 dias de programação. Há a promessa de novas mostras e diálogo com as origens
atualizado
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O Festival de Brasília, prestes a entrar na 50ª edição em 2017, terá 10 dias de programação (de 15 a 24 de setembro, sexta a domingo), maior do que o formato habitual com oito datas. O anúncio foi feito nesta sexta (10/2), pelo secretário de Cultura, Guilherme Reis, em encontro com jornalistas, e também reuniu outras novidades.
A mostra competitiva continua com nove filmes na disputa pelo Candango, repetindo o modelo de 2016. O orçamento também deve crescer: dos quase R$ 2,2 milhões do ano passado para R$ 2,5 milhões. O edital de inscrição de filmes no evento deve ser publicado na primeira quinzena de maio.
Outra mudança importante pode envolver a premiação, fechada em R$ 340 mil. A organização do festival estuda trocar o prêmio em dinheiro por um cachê de seleção de mesmo valor, que remuneraria todos os filmes selecionados em diferentes proporções. Por enquanto, a Secretaria de Cultura ainda debate o assunto com organizações e produtores do setor audiovisual.
“Qualquer decisão que se tome será controversa. Se o Matheus Nachtergaele ganha prêmio de melhor ator, por exemplo. Aquele dinheiro não faz muita diferença para ele. Se for um cara que começou ontem, ele vai achar tão bom”, ponderou o secretário.
Novas mostrasA Secretaria de Cultura também detalhou duas mostras paralelas que devem compor o 50º Festival de Brasília. Na retrospectiva “50 Anos em 5 Dias”, serão exibidos filmes que marcaram a história do evento. Na “Futuro Brasil”, curadores e diretores de outros festivais poderão conhecer novas produções nacionais ainda em processo de finalização.
Outra ideia de Reis é um diálogo com o “Canal Brasil” para exibir as dezenas de filmes que venceram o Candango. “Queremos colocar a história do festival sendo exibida durante o ano e até o festival 50”, contou. Eduardo Valente, curador da 49ª edição, segue à frente da direção artística do festival.
No ano da 50ª edição, Reis quer que o evento “olhe para sua origem”. O festival foi criado em 1965 por Paulo Emílio Sales Gomes, então professor da UnB e pesquisador. Em 2016, o nome do pensador virou título de uma medalha entregue a personalidades do cinema nacional. A primeira foi endereçada ao crítico e ator Jean-Claude Bernardet.
“Queremos trazer a universidade para essa discussão. E isso vai se dar uma forma muito bonita. A UnB tem que ser uma tela do festival”, disse. Outra ideia de Reis é melhorar a praça de alimentação. “Houve críticas. Queremos respeitar esse papel da praça como ponto de encontro e torná-la interessante para os moradores da área”.
Edital de parceria
A ser publicado em breve no Diário Oficial, um chamamento público emitido pela Secretaria de Cultura deve incrementar a parceria com organizações da sociedade civil para a produção do festival. A cooperação é permitida pela Lei Nº 13.019.
“Queremos dar mais transparência e consequência. Isso vai enriquecer a participação social na gestão do festival”, explicou Reis.