Festival de Brasília anuncia programação completa da edição 50
A produção do festival também divulgou os filmes que participam dos 4 segmentos paralelos, que ocupam sessões vespertinas no Cine Brasília
atualizado
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Os filmes inéditos “Não Devore Meu Coração!”, do carioca Felipe Bragança, e “Abaixo a Gravidade”, do baiano Edgard Navarro, respectivamente, serão exibidos nas noites de abertura e encerramento (e premiação do Candango) do Festival de Brasília (15 a 24 de setembro).
Chegando à edição 50 em 2017, o tradicional anunciou hoje a programação completa em coletiva de imprensa. Trabalhos que marcaram a história do evento e temas como identidade e política permeiam as mostras paralelas.
“O festival revela nomes jovens mas também olha para a história”, diz Eduardo Valente, diretor artístico do festival.
Esse conceito poderá ser notado nas sessões Hors Concours. “António Um Dois Três”, primeiro longa de Leonardo Mouramateus (CE), e “A Moça do Calendário”, da experiente Helena Ignez, atriz que participou da primeira edição do festival com “O Padre e a Moça” (1965) e estrelou clássicos como “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), filme vencedor da mostra dirigido por Rogerio Sganzerla (1946-2004), ex-marido e frutífero parceiro artístico.
Além do novo longa de Navarro, vencedor do festival com seu trabalho de estreia, “Eu Me Lembro” (2005), a primeira noite da mostra terá a entrega da medalha Paulo Emílio Sales Gomes ao veterano Nelson Pereira dos Santos, diretor de “Vidas Secas” (1963). A homenagem foi criada em 2016 para celebrar grandes personalidades do cinema brasileiro – o ator e crítico Jean-Claude Bernardet recebeu a honra ano passado.
O curta “Festejo Muito Pessoal”, de Carlos Adriano, será projetado no âmbito da homenagem ao cineasta paulistano.Com orçamento total de R$ 3,8 milhões, a edição 50 terá novidades: criação do Ambiente de Mercado, espaço de negócio entre produtores e agentes, cachê de seleção no valor de R$ 340 mil para todos os filmes do festival, dez dias de evento e aplicativo para uso do público na votação de júri popular, que em em 2017 recebe patrocínio e prêmio de distribuição entregue pela Petrobras.
Mostras paralelas
A produção do festival também divulgou os filmes que participam dos quatro segmentos paralelos, que ocupam sessões vespertinas no Cine Brasília. “Existe um universo de filmes urgentes. A situação político e sócio-econômica atual pede esses filmes sobre o agora”, explicou Eduardo Valente, diretor artístico do festival.
50 Anos em 5 Dias, com curadoria da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), reúne filmes que marcaram a história do festival. Já 50 Anos em 5 Dias – Registro de uma História seleciona documentários atuais de perfis distintos.
Tensões nacionais envolvendo política e realidade social permeiam os cinco filmes da mostra Terra em Transe. Esses Corpos Indóceis registra seis longas e um curta sobre temas como identidade e existência a partir de personagens que recusam categorizações normativas.
Em sessões fechadas para profissionais de cinema, a mostra Futuro Brasil reúne seis longas em processo de finalização: “A Mulher e o Rio”, de Bernard Maria Lessa (ES), “Coiote”, de Sérgio Borges (MG), “Dias Vazios”, de Robney Bruno Almeida (GO), “Guerra de Algodão”, de Marília Hughes e Claudio Marques (BA), “Inferninho”, de Guto Parente e Pedro Diógenes (CE), e “Triz”, de André Carvalheira.
A ideia é criar um ambiente de conversa e consultoria entre cineastas e curadores.
Mostras estudantis
Duas mostras voltadas ao ambiente colegial e universitário preenchem a programação paralela. A novidade é o FestUniBrasília, com curtas assinados por alunos de faculdades brasileiras de cinema. Terá premiação com três troféus Candango.
O Festival de Filmes de Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília retorna para a terceira edição.