Festival de Brasília anuncia mudanças para a edição deste ano
Cachê de seleção no lugar de prêmios e aplicativo são principais novidades da 50ª edição, que terá mais dias de evento e prêmio Petrobras
atualizado
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O Festival de Brasília anunciou nesta quarta-feira (7/6), em coletiva de imprensa, novidades de sua 50ª edição, marcada para ocorrer entre 15 e 24 de setembro, no Cine Brasília.
Um cachê de seleção, distribuído para todos os selecionados no festival, substitui os tradicionais prêmios em dinheiro dados apenas aos vencedores — que continuam levando o troféu Candango para casa. O valor total é de R$ 340 mil.
Longas e curtas selecionados ganharão R$ 15 mil e R$ 5 mil, respectivamente. Nas sessões paralelas, os longas levam R$ 10 mil e os curtas, R$ 3 mil.
Em 2017, o evento também terá um aplicativo para celular e tablet (Android e iOS) que deve concentrar a apuração do júri popular, com votos do público.
Nelson Pereira dos Santos será o homenageado da 50ª edição e receberá da direção do festival a medalha Paulo Emílio Sales Gomes, criada em 2016 para honrar grandes nomes do cinema nacional. O diretor paulistano, de “Vidas Secas” (1963) e “Rio 40 Graus” (1955), completa 89 anos em outubro.
Por meio de licitação pública, a Secretaria de Cultura selecionou a empresa Instituto Alvorada Brasil, representado por Francisco Almeida, para coproduzir o festival por dois anos — 2017 e 2018.
Reafirmação da produção brasileira
“Aqui é o lugar onde o cinema brasileiro tem que estar. É o lugar da política do cinema e da reafirmação da produção brasileira”, afirmou Guilherme Reis, secretário de Cultura. Eduardo Valente segue como curador do festival, enquanto Sara Rocha responde pela coordenação.
Algumas mudanças já haviam sido divulgadas antes, como o aumento no número de dias (de oito para 10) e na seleção de longas na mostra competitiva (de seis para nove).
Mostras paralelas
Além da mostra competitiva, o Festival de Brasília terá dois segmentos paralelos. Em Futuro Brasil, seis longas em processo de finalização serão exibidos para curadores de festivais internacionais.
Essa “internacionalização”, como apontou Sara Rocha, completa-se com a criação de um ambiente de mercado para distribuidoras, cineastas e produtores.
A mostra 50 Anos em 5 comemora o cinquentenário do evento com filmes que marcaram as 49 edições anteriores. A curadoria desse segmento é da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).