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Festival de Brasília anuncia filmes da 52ª edição

Organização do evento divulgou filmes da mostra competitiva, Mostra Brasília BRB e de segmentos paralelos

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Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 festival de brasília 2018 51º festival de brasília cine brasília - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, chegando à 52ª edição em 2019, anunciou, nesta quarta (06/11/2019), os filmes que compõem a programação. Sete longas e 14 curtas disputam o Candango na mostra competitiva, com destaque para A Febre, de Maya Da-Rin, premiado em Locarno, e Piedade, com Fernanda Montenegro no elenco e dirigido pelo pernambucano Claudio Assis, grande vencedor de Brasília em três oportunidades (Amarelo Manga, Baixio das Bestas e Big Jato). O evento acontece de 22 de novembro a 1º de dezembro, no Cine Brasília.

Também foram divulgadas as obras da Mostra Brasília BRB, ex-Troféu Câmara Legislativa, e de segmentos paralelos.

Uma das novidades em relação aos anos anteriores é a venda de ingressos on-line, pelo site Sympla. Segundo a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o objetivo é evitar as longas filas que se formam na bilheteria antes da mostra competitiva, a única que cobra entradas.

De acordo com a Secec, a pasta investiu mais R$ 3 milhões no festival. O BRB, que batiza a nova Mostra Brasília, entrou com cerca de R$ 1 milhão.

O júri que entregará o prêmio Candango aos longas é presidido pelo experiente diretor Cacá (ou Carlos) Diegues. Compõem o grupo a atriz Bruna Linzmeyer, o crítico Pablo Villaça, o jornalista Arthur Xexéo, a produtora Bianca De Felippes, a pesquisadora e realizadora Carmen Luz e o cineasta brasiliense Jimi Figueiredo.

Fora de competição

As chamadas sessões hors-concours, fora da disputa pelo Candango, trazem na abertura a coprodução Brasil/Itália O Traidor, do cultuado Marco Bellocchio (A Hora da Religião), que passou em Cannes. O filme traz Maria Fernanda Cândido no elenco (leia entrevista com a atriz) e é o candidato italiano a tentar vaga no Oscar 2020 de melhor produção estrangeira.

O veterano Vladimir Carvalho exibe na sessão de encerramento seu novo documentário, Giocondo Dias: Ilustre Clandestino, sobre a trajetória do militante de esquerda.

Também passam no festival Boca de Ouro, no qual Daniel Filho adapta Nelson Rodrigues, José Aparecido de Oliveira, de Mário Lúcio Brandão Filho e Gustavo Brandão, e Campo Santo, filme póstumo de Márcio Curi.

Homenagens

Stepan Nercessian, eleito melhor ator no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por Chacrinha: O Velho Guerreiro, é o grande homenageado da 52ª edição.

Em sua terceira edição, a medalha Paulo Emílio Salles Gomes será entregue a Fernando Adolfo, um dos criadores do festival e personalidade fundamental na gestão de cinema em Brasília.

No âmbito local, o Prêmio ABCV (Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo) presta homenagem à documentarista e antropóloga alagoana Debora Diniz.

Descentralização e retorno da CLDF

Adão Cândido, secretário de Cultura e Economia Criativa, adiantou os planos da pasta para descentralizar o festival ao longo do ano. “Queremos que o evento não se limite apenas a um curto período, quando é realizado”, explicou.

Uma das apostas era trazer o cineasta norte-americano Darren Aronofsky (Mãe!, Cisne Negro, Réquiem para um Sonho) para dar uma masterclass durante o festival. Mas um choque de agendas acabou adiando o encontro. A Secec negocia nova data para a vinda do diretor.

A organização também revelou que a Câmara Legislativa do Distrito Federal, patrocinadora da Mostra Brasília desde a fundação do segmento de “pratas da casa” do festival, mostrou interesse em voltar a apoiar o evento. O presidente da casa, deputado Rafael Prudente (MDB), deve se encontrar com representantes do FBCB na tarde desta quarta (06/11/2019).

Confira a seleção do Festival de Brasília 2019 (52ª edição):

Mostra competitiva

Longas

Alice Júnior (PR, ficção, 87min, 12 anos), de Gil Baroni

A Febre (RJ, 98min, 14 anos), de Maya Da-Rin

Loop (MT, ficção, 98min, 12 anos), de Bruno Bini

O Mês que Não Terminou (RJ, documentário, 104min, 14 anos), de Francisco Bosco e Raul Mourão

Piedade (RJ, ficção, 85min, 16 anos), de Claudio Assis

O Tempo que Resta (DF, documentário, 73min, livre), de Thaís Borges

Volume Morto (SP, ficção, 76min, 14 anos), de Kauê Telloli

Curtas

Alfazema (RJ, ficção, 24min, 14 anos), de Sabrina Fidalgo

Amor aos Vintes Anos (SP, 24min, livre), de Felipe Arrojo Poroger e Toti Loureiro

Angela (MG, ficção, 14min, livre), de Marília Nogueira

Ari y Yo (PA, documentário, 12min, livre), de Adriana de Faria

Cabeça de Rua (MG, ficção, 14min, 10 anos), de Angélica Lourenço

Caranguejo Rei (PE, ficção, 23min, 12 anos), de Enock Carvalho e Matheus Farias

Carne (SP, animação, 12 anos, 14 anos), de Camila Kater

Chico Mendes: Um Legado a Defender (DF, documentário, 10min, 10 anos), de João Inácio

Marco (CE, ficção, 20min, 10 anos), de Sara Benvenuto

A Nave de Mané Socó (PE, ficção, 18min, livre), de Severino Dadá

Parabéns a Você (PR, ficção, 19min, 10 anos), de Andréia Kaláboa

Pelano! (BA, ficção, 12min, livre), de Christina Mariani e Calebe Lopes

Rã (SP, ficção, 15min, livre), de Julia Zakia e Ana Flavia Cavalcanti

Sangro (SP, 7min, 14 anos), de Tiago Minamisawa, Bruno H. Castro e Guto BR

Mostra Brasília BRB

Longas

Ainda Temos a Imensidão da Noite (ficção, 98min, 16 anos), de Gustavo Galvão

Dulcina (documentário, 94min, livre), de Glória Teixeira

Mãe (ficção, 86min, 16 anos), de Adriana Vasconcelos

Mito e Música: A Mensagem de Fernando Pessoa (documentário, 96min, 12 anos), de Rama de Oliveira e André Luiz Oliveira

Curtas

AmbulaTório (documentário, 21min, livre), de Júlia de Lannoy

Claudia e o Crocodilo (animação, 10min, 10 anos), de Raquel Piantino

Encanto Feminino (ficção, 8min, livre), de Fabíola de Andrade

Escola Sem Sentido (ficção, 15min, livre), de Thiago Foresti

Luis Humberto: O Olhar Possível (documentário, 20min, livre), de Mariana Costa e Rafael Lobo

#SOMOSAMAZÔNIA (documentário, 12min, livre), de João Inácio

A Terra em que Pisar (ficção, 25min, livre), de Fáuston da Silva

O Véu de Armani (ficção, 15min, livre), de Renata Diniz

Mostras paralelas

Território Brasil

A Batalha de Shangri-lá (MT, ficção, 99min), de Severino Neto e Rafael de Carvalho

A Mulher e o Rio (ES, ficção, 87min), Bernard Lessa

Amizade: Tekoayhu (SC, documentário, 89min), de Chico Faganello

As Órbitas da Água (MA, ficção, 73min), de Frederico Machado

Dorivando Saravá, o Preto que Virou Mar (BA, documentário, 86min), de Henrique Dantas

Eu, um Outro (MG, documentário, 110min), de Silvia Godinho

Fakir (SP, documentário, 92min), de Helena Ignez

Jackson: Na Batida do Pandeiro (PB, documentário, 100min), de Marcus Vilar e Cacá Teixeira

Lamento (PR, ficção, 105min), de Diego Lopes e Claudio Bitencourt

Máquina de Sonhos (AP, documentário, 75min), de Nycolas Albuquerque

Mestre Cupijó e Seu Ritmo (PA, documentário, 75min), de Jorane Castro

Niède (PI, documentário, 135min), de Tiago Tambelli

O Buscador (RJ, ficção, 86min), de Bernardo Barreto

Os Bravos Nunca se Calam (RS, ficção, 104min), de Marcio Schoenardie

Servidão (DF, documentário, 72min), de Renato Barbieri e Neto Borges

Siron: Tempo Sobre Tela (PE, documentário, 91min), de André Guerreiro Lopes e Rodrigo Campos

Soldados da Borracha (CE, documentário, 93min), de Wolney Oliveira

Vermelha (GO, ficção, 78min), de Getúlio Ribeiro

Vozes

Maria Luiza (DF, documentário, 80min), de Marcelo Díaz

Batalha (SP, documentário, 75min), de Cristiano Burlan

Família de Axé (RJ, documentário, 76min), de Tetê Moraes

Cine Marrocos (SP, documentário, 76min), de Ricardo Calil

Guerrilha

O Espiral de Contos de Deolindo Flores (SC, ficção, 83min), de Rodrigo Araujo e Thiago L. Soares

Hopekillers (RJ, ficção, 120min), de Thiago Moyses

Incursão (PB, ficção, 114min), de Eduardo P. Moreira e Silvio Toledo

Novos Realizadores

Música para Morrer de Amor (SP, ficção, 102min), de Rafael Gomes

Rodantes (MG, ficção, 100min), de Leandro Lara

A Colmeia (RJ, ficção, 100min), de Gilson Vargas

Um Filme de Verão (RJ, ficção, 94min), de Jo Serfaty

Futuro Brasil (sessões exclusivas para agentes, curadores e produtores)

A Matéria Noturna (ES, ficção, 110min), de Bernard Lessa

Mulher Oceano (SP, ficção, 97min), de Djin Sganzerla

O Cerco (RJ, ficção, 93min), de Aurélio Aragão, Gustavo Bragança e Rafael Spínola

O Espaço Infinito (DF, ficção, 85min), de Leo Bello

Pajéu (CE, documentário, 70min), de Pedro Diógenes

Nazinha (RJ, documentário, 92min), de Belisario Franca

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