Festival de Brasília 2021: veja a lista de vencedores da 54ª edição
Saudade do Futuro, de Anna Azevedo, ganhou o prêmio principal; Andréa Beltrão e Du Moscovis foram eleitos Melhor Atriz e Ator por Eu e Ela
atualizado
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Saudade do Futuro (RJ) é o grande vencedor da 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A produção marca a estreia em direção solo de longas de Anna Azevedo e levou, nesta terça-feira (14/12), o Candango de Melhor Filme da Mostra Competitiva.
O documentário percorre três países “ligados pelo mar e pela cultura da saudade”: Portugal, Brasil e Cabo Verde. No desenrolar, são apresentados personagens marcados por ausências produzidas por eventos que mudaram a história desses locais, como a colonização, escravidão e ditaduras. A cultura da saudade é o fio que entrelaça as conversas à beira-mar e traz relatos do sambista Martinho da Vila e do escritor Valter Hugo Mãe.
Na cerimônia de premiação, apresentada virtualmente pelos atores Murilo Rosa e Maria Paula Fidalgo, Alice dos Anjos (BA) conquistou três Candangos: foi eleito o Melhor Filme pelo voto popular e pelos críticos de cinema da Abraccine. Além do troféu de Melhor Direção, para Daniel Leite Almeida.
Livremente inspirado em Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, e em Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, Alice dos Anjos é um musical infanto-juvenil que faz uma releitura dos clássicos literários no contexto nordestino. A personagem principal, uma menina negra, trava uma guerra contra um influente coronel que quer destituir as terras de comunidades tradicionais para construir uma usina hidrelétrica.
Ela e Eu (SP), de Gustavo Rosa de Moura, também levou três estatuetas: Melhor Ator, para Eduardo Moscovis; Melhor Atriz, para Andréa Beltrão; e Melhor Roteiro, assinado por Gustavo Rosa de Moura, Leonardo Levis e Andrea Beltrão.
Ela e Eu (SP) conta a história de Bia (Andréa Beltrão), que entra em coma ao dar à luz e só acorda 20 anos depois. Além de reaprender a andar, falar e comer, a protagonista precisa se relacionar com a filha adulta e com o ex-marido, vivido por Du Moscovis, e sua nova esposa, interpretada por Mariana Lima.
Os filmes premiados nas categorias Júri Oficial e Júri Popular ficam em cartaz em plataforma on-line disponibilizada até às 23h59, desta quinta-feira (16/12). Para assistir, clique aqui.
Veja a lista completa dos vencedores do 54º Festival de Brasília:
MOSTRA COMPETITIVA – Troféu Candango
LONGA-METRAGEM
Melhor filme
Saudade do Futuro (RJ), Anna Azevedo
Melhor filme pelo júri popular (Petrobras)
Alice dos Anjos (BA), de Daniel Leite Almeida
Prêmio da crítica (Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine) para o melhor longa
Alice dos Anjos (BA), de Daniel Leite Almeida
Menção Honrosa da crítica (Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine)
De Onde Viemos, Para Onde Vamos (GO), de Rochane Torres
Melhor longa com temática afirmativa
De Onde Viemos, Para Onde Vamos (GO), de Rochane Torres
Melhor direção
Daniel Leite Almeida, por Alice dos Anjos (BA)
Melhor atriz
Andréa Beltrão, por Ela e Eu (SP)
Melhor ator
Eduardo Moscovis, por Ela e Eu (SP)
Melhor roteiro
Gustavo Rosa de Moura, Leonardo Levis e Andrea Beltrão, por Ela e Eu (SP)
Melhor fotografia
Brunos Risas, por Lavra (MG)
Melhor montagem
Juana Salama, por Acaso (DF)
Melhor direção de arte
Luciana Buarque, por Alice dos Anjos (BA)
Melhor som
Paulo Gonçalves, por De Onde Viemos, Para Onde Vamos (GO)
Menção Honrosa do júri oficial de Melhor Som, pela habilidade de construir novos espaços e integrar camadas emocionais pela expressão sonora
Lavra (MG)
Melhor caracterização e maquiagem
Cláudia Riston, por Alice dos Anjos (BA)
Melhor caracterização e figurino
Lívia Liu, por Alice dos Anjos (BA)
CURTA-METRAGEM — Troféu Candango
Melhor curta-metragem
Chão de Fábrica (SP), de Nina Kopko
Melhor curta-metragem pelo júri popular
Da Boca da Noite à Barra do Dia (PE), de Tiago Delácio
Melhor curta-metragem com temática afirmativa
Era Uma Vez… Uma Princesa (RS), de Lisiane Cohen
Prêmio da crítica (Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine) para o melhor curta
Adão, Eva e o Fruto Proibido (PB), de R.B. Lima
Melhor direção
Nina Kopko, por Chão de Fábrica (SP)
Melhor atriz
Joana Castro, por Chão de Fábrica (SP)
Melhor ator
Sebastião Pereira de Lima, por Da Boca da Noite à Barra do Dia (DF)
Menção honrosa do júri às atrizes de Terra Nova (AM)
Karol Medeiros e Isabela Catão
Melhor roteiro
R.B. Lima, por Adão, Eva e o Fruto Proibido (PB)
Melhor fotografia
Dani Drumond, por Cantareira (SP)
Melhor montagem
Lis Paim, por Chão de Fábrica (SP)
Melhor direção de arte
Rodrigo Lelis, por Filhos da Periferia (DF)
Melhor som
Bia Hong, por Como Respirar Fora D’água (SP)
Melhor caracterização e maquiagem
Vini Negrão, por Sayonara (SP)
Melhor caracterização e figurino
Chão de Fábrica (SP), de Nina Kopko
MOSTRA BRASÍLIA – Troféu Câmara Legislativa
Melhor longa-metragem
Acaso (DF), de Luis Jungmann Girafa
Melhor curta-metragem
Benevolentes (DF), de Thiago Nunes
Melhor Filme com temática afirmativa
A Casa do Caminho (DF), de Renan Montenegro
Melhor longa-metragem pelo júri popular
Advento de Maria (DF), de Vinicius Machado
Melhor curta-metragem pelo júri popular
A Casa do Caminho (DF), de Renan Montenegro
Melhor direção
Jimi Figueiredo e Sérgio Sartório, por Noctiluzes (DF)
Melhor atriz
Maria Eduarda Maia, por Advento de Maria (DF)
Melhor ator
Chico Santanna, por Noctiluzes (DF)
Melhor roteiro
Vinicius Machado, por Advento de Maria (DF)
Melhor fotografia
Gustavo Serrate, por Cavalo Marinho (DF)
Melhor montagem
João Inácio, por O Mestre da Cena (DF)
Melhor direção de arte
Rodrigo Lelis, por Filhos da Periferia (DF)
Melhor som
Hudson Vasconcelos, por Ele Tem Saudade (DF)
Melhor caracterização e maquiagem
Alzira Bosaipo, por Advento de Maria (DF)
Melhor caracterização e figurino
Tiago Nery, por Advento de Maria (DF)
Outros Prêmios
Prêmio Canal Brasil (melhor curta da mostra competitiva)
Como Respirar Fora D’água (SP), de Júlia Fávero e Victoria Negreiros
Prêmio Cosme Alves Neto, da Anistia Internacional Brasil, para filme que melhor represente os Direitos Humanos
Terra Nova (AM), de Diego Bauer
Prêmio Saruê – entregue pelo jornal Correio Braziliense ao melhor momento do festival
Gê Martu, que teve a obra retratada no filme Mestre da Cena (DF)
Prêmio Marco Antônio Guimarães, concedido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB), para filme que melhor utiliza material de pesquisa do cinema nacional
Ocupagem (SP), de Joel Pizzini