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Estudo da Ancine aponta profundas desigualdades no cinema brasileiro

Levantamento da Agência Nacional do Cinema revela a predominância de homens brancos em praticamente todas as etapas de produção de um filme

atualizado

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Young people eating popcorn in movie theater
1 de 1 Young people eating popcorn in movie theater - Foto: iStock

Um recente estudo feito pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) apontou dados alarmantes sobre a produção de filmes no Brasil. Como esperado, o levantamento indica que a indústria de cinema é dominada por homens brancos: eles dirigiram 75,4% dos 142 longas nacionais lançados no circuito em 2016.

Mulheres brancas assinaram 19,7% dos filmes. Apenas 2,1% foram realizados por homens negros, enquanto nenhum título carregou direção ou roteiro de uma mulher negra.

Esse é apenas um dos dados reunidos no documento “Diversidade de Gênero e Raça nos Lançamentos Brasileiros de 2016”, divulgado recentemente pelo órgão.

Confira os principais resultados do levantamento:

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Homens brancos dominam a indústria de cinema no Brasil
A função de diretor também é pouco representativa na sociedade brasileira: maioria de homens brancos e nenhum filme dirigido por mulher negra em 2016
Nos filmes de ficção, os elencos também são predominantemente brancos
Outro dado revelador: 42,3% dos filmes nacionais lançados em 2016 não tiveram atores ou atrizes negras no elenco
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Estudo também indica disparidade na distribuição e na diversidade regional do cinema brasileiro: nenhum longa foi produzido na região Norte e apenas 12 dos 142 filmes lançados em 2016 ultrapassaram a marca de 500 mil espectadores

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Homens brancos dominam a indústria de cinema no Brasil

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A função de diretor também é pouco representativa na sociedade brasileira: maioria de homens brancos e nenhum filme dirigido por mulher negra em 2016

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Nos filmes de ficção, os elencos também são predominantemente brancos

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Outro dado revelador: 42,3% dos filmes nacionais lançados em 2016 não tiveram atores ou atrizes negras no elenco

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Levantamento será anual
Com 35 páginas repletas de gráficos autoexplicativos, o estudo é o primeiro da Ancine a mapear a produção cinematográfica nacional por recortes de gênero, cor e raça. O plano da agência é que esses levantamentos sejam divulgados anualmente – o relativo aos filmes de 2017 deverá ser divulgado em junho, no Observatório do Cinema e Audiovisual (OCA).

O balanço parte de um universo de 1.326 pessoas que trabalharam nos 142 filmes nacionais lançados em 2016. Nas funções de direção, roteiro, produção executiva e elenco, o recorte foi por identidade de gênero e raça/cor. Nos cargos de direção de fotografia e direção de arte, os dados consideraram apenas identidade de gênero.

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