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Em novo formato, Festival de Brasília estreia com longa sobre amor e tempo

O longa Espero que esta te encontres bem e com saúde abriu a 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

atualizado

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Natara Ney Longa
1 de 1 Natara Ney Longa - Foto: Divulgação

O 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro começou na noite desta terça-feira (15/12) e seguirá até domingo (20/12). A abertura da mostra foi marcada pela exibição do longa Espero que esta te encontres bem e com saúde, dirigido pela pernambucana Natara Ney.

Devido às limitações impostas pela pandemia de coronavírus, as telas do cinema foram substituídas pela televisão ou o streaming. A dinâmica remota, tão diferente dos anos anteriores, causa certa estranheza aos criadores do conteúdo de um dos festivais mais tradicionais do país.

Natara contou ao Metrópoles que acompanhou a exibição do filme sozinha, em Recife, onde cumpre isolamento social desde março.

“Jamais poderia imaginar a honra de abrir o Festival de Brasília, em um formato tão novo. Estou nervosa, ansiosa e sozinha, em isolamento. Da mesma forma que conseguirei unir amigos meus do Brasil inteiro, de Belém do Pará à São Paulo, não terei ao menos um abraço ao término do filme. É uma experiência totalmente diferente”, pontua.

Natara Ney é a diretora do longa-metragem Espero que esta te encontres bem e com saúde

Com a exibição à distância, não será possível usufruir do termômetro popular. “O festival é exatamente esse lugar de troca. A gente quer ver a reação das pessoas, no final da sessão sentir a emoção, o abraço, lidar com as opiniões”, reflete.

A diretora não esconde a felicidade de ter sido selecionada e reconhece a importância de, mesmo em tempos difíceis, a mostra ter permanecido: “Foi uma chancela para um projeto muito importante, feito quase artesanalmente durante 10 anos. Estamos ao lado de pessoas que acreditam no audiovisual”.

A trama do primeiro longa de Natara conta uma história real de amor entre duas pessoas que resistiram à distância e mantiveram o contato por cartas durante dois anos, em 1952 e 1953.

As correspondências foram encontradas pela cineasta em janeiro de 2011, em um lote numa Feira de Antiguidades. As 110 cartas, que fragmentadas eram 186, foram escritas por uma moradora de Campo Grande (MS) para o seu noivo no Rio de Janeiro. “Depois que eu as coloquei em ordem cronológica, eu pensei: ‘Eu preciso contar essa história’”, recorda Natara.

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Trecho do longa-metragem Espero que esta te encontres bem e com saúde
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A partir desta descoberta, uma investigação se inicia para tentar localizar este casal apaixonado, e assim é descoberto o desfecho do romance.

Enquanto Natara busca os protagonistas da história, populares leem trechos das cartas e opinam sobre a relação mantida pelos amantes da época, analisam a diferença entre as relações afetivas mantidas antigamente se comparadas às atuais.

Durante a investigação, há um ir e vir constante, como entrar em uma cápsula do tempo. Relatos de décadas passadas vêm a tona narrados por moradores de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e do Rio de Janeiro.

Em tempos de pandemia e distanciamento social, o filme convida à uma reflexão sobre o amor, tempo e o afeto, de que forma é possível viver os sentimentos no cotidiano, sem deixá-los se esvaírem ou se desvalorizarem?

“O amor é isso, você reconhecer e trabalhar pela construção dele. O amor não é uma aventura florida, tem horas que tem que capinar e tirar pedras. O afeto resiste ao tempo, que estamos aprendendo a valorizar de outra forma”, pondera Natara.

A programação completa do festival pode ser acessada no site oficial da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.

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