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Documentário mostra como Nelson Pereira dos Santos pensava o Brasil

Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema resgata o imenso legado do diretor para a cultura brasileira

atualizado

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1 de 1 Foto em preto e branco de um homem fumando - Metrópoles - Foto: Divulgação

Ao longo de seis décadas, Nelson Pereira dos Santos (1928-2018) marcou de maneira intensa a história do cinema nacional. Diretor, professor, agitador e, principalmente, criador, ele é uma das mais importantes figuras da sétima arte brasileira. Agora, todo esse legado está no documentário Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema.

Após estreia em Cannes, o filme, dirigido por Aída Marques e Ivelise Ferreira – viúva do diretor –, usa entrevistas do próprio Nelson para remontar sua importância e revistar clássicos de um dos pais do cinema novo, como Rio, 40 Graus (1955), Vidas Secas (1963) e Memórias do Cárcere (1984).

“Nelson nos deixou em 2018. Ele era um grande contador de histórias, então ninguém melhor do que ele para nos contar a sua própria história”, explica Ivelise, sobre a escolha de usar as entrevista do diretor na produção do documentário.

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Nelson Pereira dos Santos (1928-2018)

“A gente chegou a essa conclusão, a esse conceito, depois de ver muitas vezes todo o material. Nós decidimos que a melhor forma – e a gente tinha material para isso – era ele contar a sua própria história. Não haveria forma mais eficaz de fazer isso e eu acho que foi uma escolha acertada”, complementa Aída Marques.

Para as duas diretoras, Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema é uma forma de lembrar o principal objetivo do diretor com sua obra: refletir o Brasil.

“O legado que o Nelson deixou é imenso, um legado de pensar o Brasil, melhorar o país, conversar com o povo brasileiro, de a gente ser capaz de estabelecer uma cultura nossa, um cinema nosso, que fale conosco e também com o resto do mundo”, avalia Aída.

Ivelise ainda pontua que a produção do documentário foi, de alguma forma, um meio para se reaproximar de Nelson.

“Acho importante contar que realizamos o filme na pandemia e iniciamos o trabalho de visionamento e escolha de imagens durante os oito meses de confinamento. Trabalhávamos de forma remota e a minha única companhia era a de Nelson. Muitas vezes eu confundia a realidade com sonho, a imaginação ou aquela sensação ao se perder um ente querido da família, que você não concretiza aquela perda, e, nesses momentos, eu dava muitas risadas e conversava com ele”, revela a diretora

“O filme consegue dimensionar a importância do Nelson de uma forma muito clara e efetiva e é esse o retorno que a gente está tendo dos espectadores”, conclui Aída.

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