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Diretor de A Herança sobre terror no Brasil: “Achando um lugar nosso”

O filme brasileiro de terror A Herança estreou na última quinta-feira (21/11) e fugiu do tradicional jumpscares para focar na tensão

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Bianca Aun
Cena do filme A Herança, de João Cândido Zacharia - Metrópoles
1 de 1 Cena do filme A Herança, de João Cândido Zacharia - Metrópoles - Foto: Bianca Aun

O terror é um gênero que recebe novos filmes todos anos e que conta com uma vasta lista de representantes e sagas. No Brasil, é um estilo que faz parte do cinema nacional e tem representantes marcantes, como  José Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão. Mas, seguindo tendência global, a cinematografia “horripilante” do país busca se reinventar.

No final deste 2024, João Cândido Zacharias lança A Herança, seu primeiro filme, após 10 anos de produção. O longa foi realizado ao lado da produtora Tatiana Leite e que tem os atores Diego Montez e Yohan Levy como protagonistas.

Em entrevista ao Metrópoles, Zacharias comentou sobre o “nascimento” e os avanços do gênero no Brasil. “A gente está achando um lugar muito nosso, que é muito rico. Acho que nos últimos 15 anos a gente pode dizer que está vivendo um… não é nem renascimento, é um nascimento ainda do terror brasileiro. A gente teve o Mojica, que é tipo o fundador, mas desde então a gente teve praticamente nada”, declarou.

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Entretanto, a produção foge do tradicional jumpscare e foca na tensão
O diretor João Cândido Zacharia comentou sobre o "nascimento" do gênero no Brasil
A produção é protagonizada pelo brasileiro Diego Montez
E pelo francês Yohan Levy
Na trama, eles formam um casal que moram em Berlim, na Alemanha, e voltam ao Brasil após a morte da mãe de Thomas (Diego). Quando os dois chegam à uma antiga casa da mãe de Thomas, e o jovem encontra duas tias, coisas estranhas começam a acontecer
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A Herança estreou na última quinta-feira (21/11) é entra na categoria de terror

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Entretanto, a produção foge do tradicional jumpscare e foca na tensão

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O diretor João Cândido Zacharia comentou sobre o "nascimento" do gênero no Brasil

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A produção é protagonizada pelo brasileiro Diego Montez

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E pelo francês Yohan Levy

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Na trama, eles formam um casal que moram em Berlim, na Alemanha, e voltam ao Brasil após a morte da mãe de Thomas (Diego). Quando os dois chegam à uma antiga casa da mãe de Thomas, e o jovem encontra duas tias, coisas estranhas começam a acontecer

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O cineasta ainda lembrou de outros nomes da indústria, como Juliana Rojas, Marco Dutra, Anita Rocha da Silveira e Gabriela Amaral Almeida.

“Não sei se dá pra dizer que eles têm algo em comum, mas eles são muito brasileiros em suas formas. Acho que a gente tem um desafio, que é encontrar o público mais alargado do terror, que consome o produto estrangeiro, mas ainda não consome tanto os nossos filmes”, declarou.

A produtora Tatiana Leite explicou que A Herança tem características típicas do Brasil. “A brasilidade é tema também porque tem nesse reencontro da raiz do Thomas, está nessa descoberta do Beni e ao mesmo tempo é um filme que as pessoas fora do Brasil conseguem perceber várias nuances, essa coisa das tias, por exemplo”, declarou.

Terror focado na tensão

Na produção, Thomas (Diego Montez) deixou o Brasil muito cedo e mora em Berlim, na Alemanha, com o namorado francês Beni (Yohan Levy). O casal volta ao país verde e amarelo após a morte da mãe do jovem tupiniquim e se depara com uma casa na roça que pertencia a sua matriarca. Lá, ele encontra duas tias e é aí que o terror começa, já que coisas estranhas e sem explicação lógica começam a acontecer.

Apesar de entrar na categoria terror, A Herança não traz jumpscares, famosa característica dessas produções, e busca se fixar na tensão, que é intercalada com algo “mais tranquilo”. Esse sentimento vai ficando cada vez mais forte até chegar ao clímax.

“Eu acho que tem uma coisa que, às vezes, é até um embate nosso. A gente pode até querer uma coisa, mas o filme está pedindo outra. E não adianta a gente forçar, o filme que vai se impor sempre assim. Muito cedo a gente entendeu que era um filme muito mais de tensão do que de susto e de pulo”, declarou o diretor.

Entretanto, para que tudo funcione, é necessário que os atores também sigam o mesmo caminho e que estejam em perfeita harmonia. Os personagens de Diego e Yohan tiveram duas narrativas diferentes. Enquanto Thomas estava deslumbrado com a descoberta de sua família, Beni se preocupava com os enigmas do local.

Diego Montez explicou que é necessário um completo mergulho na trajetória dos personagens. Para isso, ficaram imersos em uma casa no Brasil, ambientando-se com os aspectos do filme e focados no que estavam.

Já Yohan, que também estreia no terror — ele já fez diversas outras produções, como Emily In Paris, da Netflix, por exemplo — descobriu que há dois grandes desafios no gênero. “Beni passa por vários graus de susto e é o único personagem que verdadeiramente é assustado”, pontuou.

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