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Dez motivos para não perder o Festival de Brasília de 2015

Evento cultural mais tradicional da cidade, o festival começa nesta terça-feira (15/9) e segue até o dia 22. Razões para ir não faltam

atualizado

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Agência Brasil
1 de 1 Agência Brasil - Foto: null

1 - Big Jato. Divulgação1 – Sábado fervente
A organização do festival sempre costuma escalar para sábado os filmes com mais potencial de público. O mineiro André Novais Oliveira esteve no certame ano passado com o longa “Ela Volta na Quinta”. Com o perdão do trocadilho, ele volta no sábado, com o curta “Quintal”. “Afonso é uma Brazza” promete fornecer um perfil do cineasta (e bombeiro) mais icônico da capital.

Mas a noite deve esquentar mesmo com o longa “Big Jato” (foto), de Cláudio Assis. Duas vezes vencedor do Candango (“Amarelo Manga” e “Baixio das Bestas”), o diretor vem à cidade após a recente polêmica envolvendo Lírio Ferreira, seu amigo e cineasta, num debate do filme “Que Horas Ela Volta?”, em Recife. Embriagados, os dois atrapalharam a diretora Anna Muylaert durante a conversa com o público. Como a sempre participativa plateia do Cine Brasília receberá o pernambucano?

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil2 – O burburinho
Dentro do Cine Brasília, são esperadas as mais diversas reações do público, da vaia severa ao aplauso eufórico. Lá fora, porém, o festival rende papo, sobretudo nas (longas) filas antes da première e na praça de alimentação. É o encontro de cineastas e cinéfilos – e também de boêmios e festeiros.

Divulgação3 – Os quitutes
A praça de alimentação do festival será uma versão pocket do Quitutes. O encontro gastronômico vai levar para o Cine Brasília a mesma proposta vista nas ruas: chefs renomados, restaurantes conceituados e comidas para todos os bolsos. Os estandes abrem todos os dias, das 18h à 0h.

A ideia é deixar de lado qualquer carão e fazer um passeio pela gastronomia brasiliense. Entre os confirmados estão Godofredo (cervejas especiais), Mr. Brownie (doces), El Manfredo (choripáns, foto), Risotti D’Oro (risotos), Vai Bem (picolés) e C’est la Vie – Bistrô & Creperia (crepes).

Divulgação4 – O Festivalzinho
Nesta edição, o segmento dedicado às crianças sai do Cine Brasília e ocupa unidades do Sesc nas cidades de Ceilândia, Gama e Taguatinga. Com sessões marcadas para começar às 10h, o braço kids do evento exibe 19 títulos em curta-metragem. Entre eles, há o brasiliense O Balãozinho Azul(foto), de Fáuston da Silva, vencedor da Mostra Brasília em 2013.

Marcelo Camargo/Agência Brasil5 – A comemoração de 50 anos
O festival só não crava 50 edições em 50 anos porque deixou de ser realizado de 1972 a 1974. À época, a ditadura militar censurou o evento. Neste ano, a tradição democrática se confirma por meio do 1º Festival de Curta-Metragem de Escolas Públicas de Brasília. A exibição dos selecionados está marcada para sexta (18), a partir das 9h30, no Cine Brasília.

Cezar Valois/Divulgação6 – Mostra Brasília
Com entrada franca, o segmento voltado para produções locais chega à 20ª edição. As sessões diurnas começam às 17h, no Cine Brasília, entre os dias 17 e 21, com a marca histórica de discutir questões urbanas e contar histórias relacionadas à cidade. O clima é bem diferente da première: mais irreverente e afetivo, com presença de equipes inteiras das produções, entre amigos e familiares.

Quatro longas e catorze curtas comparecem em 2015. A atenção da plateia deve se voltar ao longa “O Outro Lado do Paraíso” (foto), filme de André Ristum sobre um sujeito que se muda para Brasília em busca de uma vida melhor. Aqui, vê a utopia ruir diante do golpe de 1964. A produção, com Eduardo Moscovis e Simone Iliescu no elenco, foi rodada no Polo de Cinema de Sobradinho.

Acervo familiar/Divulgação7 – Filme sobre Claudio Santoro
O maestro amazonense tem uma história entrelaçada com Brasília: fundou o Departamento de Música da UnB e a Orquestra do Teatro Nacional Claudio Santoro. A vida do regente é registrada no documentário “Santoro – O Homem e Sua Música” (foto), dirigido pelo inglês radicado no Brasil John Howard Szerman. Depoimentos, imagens de arquivo e trechos de sinfonias compõem a produção, prevista para domingo (20).

Divulgação8 – “Jauja” e “Ausência”
Quem vive em Brasília sabe que por aqui é difícil ficar atualizado com os principais lançamentos do circuito de arte e alternativo. As novidades costumam entrar e sair de cartaz num piscar de olhos. A mostra Continente Compartilhado tenta suprir algumas lacunas por meio de cinco filmes inéditos, entre os dias 17 e 21, no Cine Cultura.

“Jauja” (foto), do argentino Lisandro Alonso, rapidamente se tornou cult com seu cruzamento de faroeste, drama histórico e fábula. O nacional “Ausência”, de Chico Teixeira, mostra o despertar sexual de um adolescente de 14 anos.

Divulgação9 – Hors concours
Mostras paralelas são uma boa oportunidade para conhecer filmes que não estão na première. E que não devem estrear tão cedo no circuito. Este ano, a Panorama Brasil abriga cinco longas inéditos. Entre eles, “5 Vezes Chico – O Velho e Sua Gente” (foto). As sessões são entre os dias 17 e 21, às 17h, no Cine Cultura Liberty Mall.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil10 – Acontece só uma vez por ano!
É óbvio, mas não custa nada reforçar: o festival é um dos poucos acontecimentos culturais da cidade que lota os 619 assentos do Cine Brasília – sem contar as escadas e corredores. É como se a cidade só se lembrasse de sua vocação cinéfila naqueles tradicionais (e chuvosos) dias de setembro.

Numa era em que para ir ao cinema é preciso se dirigir a um shopping center – e deixar algumas dezenas de reais por lá –, o Festival de Brasília surge como foco de resistência cinéfila. Como todo grande festival, envelhece muitíssimo bem, sem fazer concessões.

Foto: Divulgação

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