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Designer mineiro de Animais Fantásticos torce por filme no Brasil

Eduardo Lima trabalha na franquia desde o primeiro longa da saga Harry Potter, lançado em 2001

atualizado

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Warner Bros/Divulgação
animais fantásticos: os crimes de grindelwald
1 de 1 animais fantásticos: os crimes de grindelwald - Foto: Warner Bros/Divulgação

O segundo filme da franquia Animais Fantásticos, Os Crimes de Grindelwald, estreou no Brasil nesta quinta-feira (15/11), mas a expectativa dos fãs no país já está voltada para os próximos volumes da série, que se passa no mundo mágico de Harry Potter. Recentemente, em suas redes sociais, a autora J. K. Rowling, que assina o roteiro dos filmes da franquia, deu a entender que algum dos filmes seguintes devem ser passar no Rio de Janeiro. Depois de um longa ambientado em Nova York, o novo é ambientado em Paris.

O que talvez nem todos os fãs saibam é que, desde o primeiro filme da saga Harry Potter, em 2001, já há um pouco de Brasil na série. O mineiro Eduardo Lima assina o design dos longas da série desde o início, com a sua companhia, MinaLima, estabelecida em Londres. O trabalho continua com Animais Fantásticos, e ele agora está na torcida por um filme ambientado no país. “Ainda não está oficialmente confirmado, mas já falei para a minha sócia, a Miraphora Mina, que, se tiver cenas no Brasil, eu que vou fazer tudo”, brinca o designer em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, por telefone.

A empresa de Lima é responsável por criar os detalhes dos filmes, como o jornal O Profeta Diário e o Mapa do Maroto. Além disso, a MinaLima assina também as capas dos livros com os roteiros dos filmes Animais Fantásticos, que no Brasil são publicados pela editora Rocco. Por isso, a editora vai trazer o designer para participar da Comic Con Experience, em São Paulo, dias após o lançamento do livro Os Crimes de Grindelwald, previsto para chegar às lojas em 1º de dezembro.

Como o roteiro do novo filme se passa na Paris dos anos 1930, Lima diz ter feito uma mistura de referências de art nouveau e déco para a capa do livro. “Na França, a art nouveau ainda estava muito forte. Colocamos detalhes para causar surpresas, as pessoas precisam parar para ver os desenhos”, afirma.

Sobre o trabalho no longa-metragem, dirigido por David Yates, o designer diz sentir uma forte diferença da saga original. “Nos filmes de Harry Potter, nós tínhamos os livros como apoio, agora é direto da cabeça da Jo [a autora J. K. Rowling] para o filme. No roteiro, não tem tantas informações dos objetos”, explica o mineiro, que relata que, no entanto, mantém um canal direto com a escritora britânica, para tirar dúvidas. “Fazemos duas listas, uma com objetos que os atores precisam ter em mãos e outra com gráficos, pôsteres, placas de carro, coisas assim.”

O designer admite que, desde os filmes Harry Potter, faz algumas brincadeiras, como colocar o nome da sua cidade natal, Caxambu, no fictício jornal O Profeta Diário. “Quando precisamos fazer um jornal, só recebemos a manchete principal, o resto precisamos preencher”, esclarece Lima.

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