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Da infância pobre a sucesso nacional: Hungria ganhará cinebiografia

Famoso como o Mosca, de Chiquititas, o ator Gabriel Santana foi o escolhido para dar vida ao rapper no longa-metragem

atualizado

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Gabriel e Hungria
1 de 1 Gabriel e Hungria - Foto: Reprodução

Hungria, o “menino que se achava o dono da quebrada inteira”, vai ter a história da sua vida contada nos cinemas. O longa-metragem, com direção de Izaque Cavalcante e Cristiano Vieira, começou a ser rodado no dia 16 de agosto, com gravações em vários locais do Distrito Federal, Goiânia e na Cidade Ocidental (GO), onde o cantor nasceu e se formou rapper. O escolhido para interpretar o protagonista é o ex-Chiquititas Gabriel Santana, que tem arrastado uma legião de fãs brasilienses por onde passa.

“É um filme muito importante, uma história linda, que mostra todos os tabus que Hungria quebrou ao longo da sua carreira. É importante para a cena do rap nacional e ainda mais para os jovens das periferias do Brasil”, ressalta Gabriel Santana, em entrevista exclusiva ao Metrópoles.

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A semelhança física do ator com o rapper ainda adolescente impressiona
Gabriel Santana no set de cravações com o diretor Izaque Cavalcante
Hungria aparecerá ao lado de vários amigos da época na Cidade Ocidental (GO) também estará no filme
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Gabriel Santana, de 21 anos, vive Hungria nos cinemas

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A semelhança física do ator com o rapper ainda adolescente impressiona

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Gabriel Santana no set de cravações com o diretor Izaque Cavalcante

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Hungria aparecerá ao lado de vários amigos da época na Cidade Ocidental (GO) também estará no filme

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Aos 21 anos, Gabriel confessa que o papel de protagonista representará um marco na sua carreira. “É o trabalho que mais me tirou da zona de conforto. Além do peso da responsabilidade de representar uma pessoa viva e que faz um sucesso tão grande”, afirma o ator.

Para encarnar o personagem, Gabriel passou por um processo profundo de imersão com as orientações da preparadora de elenco Luciana Martuchelli. “Começamos, remotamente, em abril, quando recebi o primeiro roteiro. Juntamos todos os arquétipos, tentamos limpar todos os meus vícios, tanto de gírias quanto de trejeitos, de naturalizar o sotaque”, conta o ator, que também conheceu e conviveu com Hungria ao chegar na capital federal.

“Eu já tinha algumas músicas dele nas minhas playlists, mas não conhecia a história. Me surpreendi com a pessoa que conheci. No pouco tempo que estivemos juntos, pude ver o quanto ele é coração. O quanto batalhou e ralou para viver de música é indescritível”, elogia Gabriel.

O elenco conta ainda com André Ramiro (Tropa de Elite), Ramon Brant, Malu Lazari, Pamella Machado e Taty Godoi, entre outros. Além de contar com a participação especial de DJ Jamaika. “Foi um processo longo e muito criterioso de seleção desses atores, e acertamos muito. Não só cada um tem muita semelhança com os personagens da vida real do Hungria como estão muito entregues ao trabalho”, pondera Izaque Cavalcante.

Cenas de bastidores
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Esquerda para direita: Marconni (Diretor de Fotografia) e Izaque Cavalcante (Diretor)
Elenco que forma o núcleo familiar de Hungria
A equipe reconstruiu uma casa no Guará (DF), para realizar as cenas internas da casa de Hungria
Making of de Made in Favela
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As gravações de Made In Favela acontecem em diversos pontos do DF e Entorno, na Cidade Ocidental (GO), onde Hungria nasceu e iniciou a carreira musical

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Esquerda para direita: Marconni (Diretor de Fotografia) e Izaque Cavalcante (Diretor)

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Elenco que forma o núcleo familiar de Hungria

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A equipe reconstruiu uma casa no Guará (DF), para realizar as cenas internas da casa de Hungria

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Making of de Made in Favela

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Com roteiro de Jonathan Costa, o filme contará a trajetória de Hungria desde os 12 anos, quando ele ingressou na cena hip-hop, até os 17, com o lançamento da primeira música do artista com projeção nacional, Bens Materiais. “Nossa primeira ideia foi fazer um documentário, mas ao estudarmos a história dele vimos que havia um conteúdo impressionante e evoluímos para um longa”, explica Bruno Yamaguchi, produtor executivo e idealizador do projeto.

Para não aguardar o longo e burocrático prazo para a capitação de recursos por meio de leis de incentivo ao cinema nacional do governo federal, a cinebiografia do Hungria conta a realização da brasiliense Cayac Produções, tendo como principal investidor Felipe Cardoso, sócio da produtora. “É um setor que gera empregos e movimenta a economia de diversos outros setores. É desafiador, se tivéssemos feito o filme em São Paulo, talvez tivessemos uma visibilidade maior. Mas mesmo sem recursos, priorizamos a arte e dar mais veracidade à história”, completa Felipe.

Tanto o título do filme, provisoriamente chamado de Made in Favela, quanto o canal de distribuição, ainda serão definidos. Felipe Cardoso não descarta a negociação para a estreia em alguma gigante do streaming. “Tivemos já reuniões com grandes distribuidoras, mas resolvemos esperar por apostar na qualidade do filme e que ele deva rodar o mundo”, conclui.

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