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Crítica: Viúva Negra é um bom filme de ação lançado no tempo errado

O filme de origem de Natasha Romanoff conquista por mostrar a personagem, porém, parece deslocado dentro do MCU

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Disney/Divulgação
Scarlett Johansson em Viúva Negra
1 de 1 Scarlett Johansson em Viúva Negra - Foto: Disney/Divulgação

É quase impossível, ao fim de Viúva Negra, não ter sentimentos confusos. O primeiro é vibrar por, depois de mais de um ano, voltar a assistir a um filme do MCU. Depois, vem a sensação de que este longa está mal posicionado na linha do tempo do Universo Cinematográfico da Marvel.

Esses sentimentos são colocado porque Viúva Negra é um bom filme de ação, com a heroína apresentando seu movimentos de luta que fizeram muito sucesso ao longo do arco Vingadores – com direito a uma piada escancarada sobre isso no longa. Porém, por que contar a história de origem de Natasha, agora? Depois que todos sabemos que ela morreu nos eventos de Vingadores: Ultimato. Isso não poderia ter ocorrido há alguns anos? Esse descompasso, inevitavelmente, enfraquece o longa de Cate Shortland, que soa como uma homenagem tardia da Disney/Marvel.

A diretora, por sinal, garante ter se inspirado em Pantera Negra para explorar as origens de Natasha Romanoff – sempre bem retratada por Scarlett Johansson –, no entanto, o resultado é uma versão do Soldado Invernal, uma busca por retratação de um personagem com um passado não tão honroso.

Esses “poréns” não diminuem o primeiro ponto levantado. É, com acertos e erros, um filme da Marvel, com qualidade, ação e reviravoltas. Como em quase todos os longas do MCU, o tema social (no caso, o tráfico e o abuso de mulheres) é tratado na superficialidade, mas adiciona um peso narrativo a Viúva Negra.

Família disfuncional

A relação dos personagens é também um ponto forte: Yelena (Florence Pugh) faz Natasha se despir de sua frieza excessiva e encarar o mundo com mais humanidade. Melina Vostokoff (Rachel Weisz) e Alexei Shostakov (David Harbour), o Guardião Vermelho, são bons complementos na formação da disfuncional pseudo-família de espiões.

Florence Pugh vive Yelena em Viúva Negra
Florence Pugh vive Yelena em Viúva Negra

A noção familiar, em si, é o centro da busca de identidade por Natasha. Aqui é interessante pontuar como Alexei, o único com superpoderes, vira o alívio cômico em meio às altamente treinadas espiãs. Por sinal, falta à narrativa mais sequências de espionagem que valorizem as habilidades de suas protagonistas.

Viúva Negra marca o retorno da Marvel aos cinemas após o começo da pandemia. Mesmo com um filme que parece desconectado com o presente, oferece o entretenimento prometido e uma despedida digna à Natasha. Além de boas-vindas a…. (sem spoilers!).

Avaliação: Bom

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