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Crítica: “Uma Verdade Mais Inconveniente” faz novo alerta sobre clima

Sequência de “Uma Verdade Inconveniente” (2006) mostra avanços no uso de energias renováveis e retrocessos na política ambiental

atualizado

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An Inconvenient Sequel: Truth To Power
1 de 1 An Inconvenient Sequel: Truth To Power - Foto: Paramount Pictures/Divulgação

Se “Uma Verdade Inconveniente” (2006) chamou a atenção do público para as consequências cataclísmicas do aquecimento global, a sequência “Uma Verdade Mais Inconveniente” transfere o debate para o palco político.

Onze anos depois de o primeiro filme vencer dois prêmios no Oscar (documentário e canção) e popularizar de vez o debate científico sobre degradação da natureza e as drásticas alterações na vida do planeta (temperatura dos oceanos, biomas, estações etc), o ex-presidente americano Al Gore segue em sua cruzada em defesa de uma “gestão” mais saudável da Terra.

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Al Gore na Groenlândia: mais de 40 anos dedicados ao ativismo ambiental
Pôster de "Uma Verdade Inconveniente" (2006): filme venceu dois prêmios no Oscar
Al Gore: ex-vice presidente americano leva debate para o palco político na continuação
Pôster de "Uma Verdade Mais Inconveniente"
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Al Gore e Dale Ross, prefeito de Georgetown, no Texas: uso de energia renovável em solo americano

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Al Gore na Groenlândia: mais de 40 anos dedicados ao ativismo ambiental

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Pôster de "Uma Verdade Inconveniente" (2006): filme venceu dois prêmios no Oscar

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Al Gore: ex-vice presidente americano leva debate para o palco político na continuação

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Pôster de "Uma Verdade Mais Inconveniente"

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A mudança na direção – sai Davis Guggenheim, entram Bonni Cohen e Jon Shenk – pouco altera o formato da narrativa. Entre apresentações de slides e visitas a geleiras em derretimento, Gore leva essa mistura de “Ted Talk” e “Globo Repórter” para os bastidores do poder.

A cada avanço no uso de energias renováveis, como solar e eólica, parte considerável das lideranças mundiais parece rumar em sentido contrário. O clímax do filme se dá na conferência do clima em Paris, no ano de 2015.

Gore, como mostra “Uma Verdade Mais Inconveniente”, teve papel instrumental para fazer a Índia, reticente a um acordo que limitaria o uso de fontes tradicionais de energia, aderir à proposta de reduzir emissões. Dali adiante, Donald Trump, já eleito presidente, anuncia a saída dos EUA do acerto.

Sempre que olha para o panorama geral, o filme se aproxima de uma mera retrospectiva de avanços (o Chile aumentou e muito o interesse por fontes renováveis) e retrocessos (conservadores como Trump duvidam do aquecimento e classificam as alternativas como perigo para a economia).

Gore, o eterno “futuro presidente dos EUA”, como ele mesmo se definiu após a traumática eleição de 2000, perdida para George W. Bush, se sai melhor quando encarna uma versão mais articulada de Michael Moore e vai a campo em busca de boas histórias. Como o prefeito de Georgetown, no Texas. Um político republicano tal qual Trump, mas preocupado em fazer a cidade funcionar à base de energia renovável.

“Uma Verdade Mais Inconveniente” é mais um caso de documentário que defende temas importantes e urgentes, mas se descuida com a embalagem cinematográfica.

Avaliação: Regular

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