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Crítica: Uma Quase Dupla vacila apesar da sintonia entre Tatá e Cauã

Policiais com abordagens distintas investigam crimes cometidos por um serial killer na interiorana Joinlândia

atualizado

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1 de 1 uma quase dupla_CreditoSerendipityInc_PressRelease_00003 - Foto: Serendipity Inc./Divulgação

Tatá Werneck e Cauã Reymond tentam arejar a comédia nacional em Uma Quase Dupla, rara incursão humorística do cinema brasileiro em filme policial. Evocando características de produções americanas, como a velha “harmonia” de bad cop e good cop, o longa segue as atrapalhadas investigações sobre um serial killer que vem atormentando os moradores de uma cidade interiorana.

Sob direção de Marcus Baldini (Bruna Surfistinha), Tatá e Cauã encarnam tiras com abordagens distintas. Vinda do Rio de Janeiro para ajudar a polícia de Joinlândia a pegar o assassino em série, Keyla é marrenta, desbocada e agressiva. “Todo mundo é culpado até que se prove o contrário”, diz.

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Claudio e Keyla investigam assassinatos cometidos por um serial killer na cidade interiorana de Joinlândia
Ela é experiente e veio do Rio de Janeiro. Ele, novato e tentando se afirmar como detetive
Pôster de Uma Quase Dupla
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Claudio (Cauã Reymond) e Keyla (Tatá Werneck) em ação

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Claudio e Keyla investigam assassinatos cometidos por um serial killer na cidade interiorana de Joinlândia

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Ela é experiente e veio do Rio de Janeiro. Ele, novato e tentando se afirmar como detetive

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Pôster de Uma Quase Dupla

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O inexperiente Claudio tem personalidade oposta. Mostra-se tão gente boa que para no meio de uma perseguição para cumprimentar uma senhora e chamá-la para comer bolo em sua casa. Essa dinâmica rende bons momentos da dupla de atores. Tatá, sempre frenética, opõe de maneira hilária a performance de Cauã, que aqui lembra um pouco Chris Hemsworth no reboot Caça-Fantasmas (2016).

Depois de Claudio dizer que nunca disparou uma arma, por exemplo, Keyla responde, espontaneamente: “Nossa, que fofo!”. Em outra cena, chega a apalpar o colega. Uma pena que o roteiro, coescrito por Tatá com Leandro Muniz e Ana Reber, nem sempre consiga manter o nível das piadas. As atuações são deveras engraçadas. O texto, nem tanto.

Uma Quase Dupla é todo construído em torno da sintonia entre Tatá e Cauã. Mas perde oportunidades de ampliar as piadas usando o elenco de coadjuvantes com excessiva parcimônia.

Dado (Daniel Furlan), playboy passivo-agressivo e um dos primeiros suspeitos dos crimes, atrai a atenção da polícia ao sair do sério em um bar. Caito Mainier, parceiro de Furlan no Choque de Cultura, faz uma ponta como garçom. Pedroca Monteiro, no papel do marido da primeira vítima, é quem mais brilha, protagonizando um hilário monólogo.

Com altos e baixos, Uma Quase Dupla sofre para sustentar trama investigativa e vibração cômica, sobretudo na bastante irregular segunda metade. De qualquer maneira, é um filme bem-vindo num cenário nacional cada vez mais refém de franquias de comédia e produções repetitivas.

Avaliação: Regular

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