metropoles.com

Crítica: Uma Noite de Crime — A Fronteira traz massacre e debate racial

O quinto filme da sequência conta com uma revolta popular em prol do “sonho americano” e união dos diversos povos latinos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Universal Pictures/Divulgação
Uma noite de crime: A fronteira
1 de 1 Uma noite de crime: A fronteira - Foto: Universal Pictures/Divulgação

A franquia Uma Noite de Crime chega ao quinto filme com a premissa da lei “expurgo”, onde todas as atividades ilegais são permitidas durante 12 horas, incluindo assassinatos. A sequência, que estreia nesta quinta-feira (2/9) nos cinemas brasileiros, busca uma reinvenção neste lançamento, com uma revolta de estadunidenses radicais mesmo após o fim do período determinado para os crimes.

As primeiras cenas de Uma Noite de Crime: A Fronteira são praticamente um spoiler do que está por vir. Momentos de tensão envolvendo os personagens principais e críticas sociais e raciais explicitadas em um discurso no início do enredo. A grande surpresa neste longa-metragem vem com a campanha “expurgo pra sempre”, liderada por nacionalistas e armamentistas do Texas, com a intenção de purificar a raça, matando negros, latino-americanos e indígenas, mesmo fora do prazo permitido. Além disso, parte da classe mais pobre da sociedade também aderiu ao movimento, com a intenção de se vingar dos fazendeiros ricos.

4 imagens
Josh Lucas será Dylan Tucker
Tenoch Huerta como Juan
Brett Edwards como Lead Merc
1 de 4

Ana de La Reguera vive Adela

Universal Pictures/Divulgação
2 de 4

Josh Lucas será Dylan Tucker

Universal Pictures/Divulgação
3 de 4

Tenoch Huerta como Juan

Universal Pictures/Divulgação
4 de 4

Brett Edwards como Lead Merc

Universal Pictures/Divulgação

A união de personagens mexicanos (Adela e Juan) com a família de americanos (Dylan, Harper, Cassie e Caleb) em busca do mesmo objetivo é simbólica. Por outro lado, o que não funciona é a abertura do leque na questão racial. As tentativas de utilizar os personagens Darius como representação dos negros e Chiago como representação dos indígenas, em aparições momentâneas, acabam gerando lacunas que não são preenchidas durante o filme.

O diretor Everaldo Gout acertou na utilização do elenco de protagonistas, formado por Ana de la Reguera (Adela), Tenoch Huerta (Juan), Josh Lucas (Dylan), Leven Rambin (Harper), Cassidy Freeman (Cassie) e Will Patton (Caleb), como sustentação para o filme de 1h43min.

O cenário, a fotografia e a trilha sonora do longa são explorados de forma interessante. Com inspirações na franquia Mad Max e momentos parecidos com a série The Walking Dead, a temática da violência e tensão se encaixou bem. Por vezes, o filme desenvolve questões técnicas da sonoridade, com diferentes tipos de disparos de armas, e trabalha as mortes em ângulos diferentes — a depender da agressividade do momento.

Apesar de resumir as poucas cenas em que se fazem críticas à xenofobia e racismo a uma frase de impacto de algum personagem, o filme satisfaz o desejo do fã da franquia Uma Noite de Crime que sonhava em ver um dia, um mês ou o caos eterno com a “lei do expurgo” sem hora para terminar.

Avaliação: regular

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?