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Crítica: Uma Família Feliz é duro de encarar ao ponto de incomodar

O filme de suspense Uma Família Feliz, longa do diretor José Eduardo Belmonte, estreia em 4 de abril nos cinemas

atualizado

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1 de 1 Foto colorida mostra mulher deitada em banheira - Metrópoles - Foto: Divulgação

Um condomínio de classe média alta no Rio de Janeiro, com famílias tradicionais brasileiras, casamentos perfeitos e lindos filhos. Este é o cenário do filme Uma Família Feliz, nova produção do diretor José Eduardo Belmonte, que poderia mesmo representar uma família feliz, se não fosse o dedinho de Raphael Montes, que transforma a produção em um cenário nada menos que minimamente enlouquecedor.

Uma Família Feliz acompanha Eva (Grazi Massafera) e Vicente (Reynaldo Gianecchini), pais de gêmeas e de um bebê recém-nascido. A matriarca da família se depara com a angústia de uma depressão pós-parto em meio a uma vida burguesa supostamente perfeita.

Veja a opinião do Metrópoles sobre o filme:

O ar tranquilo da família feliz é invadido quando suas filhas gêmeas aparecem machucadas. Eva é acusada e retaliada pela comunidade. Isolada e questionada por seu próprio marido, ela precisa superar sua fragilidade para provar sua inocência e reestruturar sua família.

Há tempos Raphael Montes se consagrou como “rei” do suspense brasileiro, com as obras Jantar Secreto e Suicidas em destaque. O mote ganhou ainda mais força com seu papel em Bom Dia, Verônica, série da Netflix que fez sucesso exatamente pelo roteiro cruel e com doses de crítica social. Agora,  o autor renova seu reinado como diretor-assistente e roteirista de Uma Família Feliz.

O filme é instigante, duro de encarar e realista ao ponto de incomodar quem o assiste.

Inspirado no livro homônimo do escritor brasileiro, Raphael Montes e Belmonte trazem uma narrativa considerada tabu para a sociedade: a maternidade, suas intempéries e a obrigação de uma mãe de ser perfeita e se sentir eternamente apaixonada pelos filhos.

Diferente do convencional, o diretor traz o principal elemento do livro de Raphael para o longa-metragem. Assim como na obra escrita, o filme começa do fim. A primeira cena é, exatamente, a última. Mas pode acreditar: Raphael Montes consegue mover seus dedinhos e, mesmo entregando o final trágico da história, ainda consegue surpreender o telespectador com reviravoltas inesperadas.

Uma Família Feliz é mais uma jogada de mestre de Montes, com a sensibilidade de Belmonte e as atuações impecáveis de Massafera e Gianecchini. O longa-metragem estreia em 4 de abril nos cinemas brasileiros.

Avaliação: Excelente

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