Crítica: Um Príncipe em Nova York 2 diverte e moderniza trama
Filme de Eddie Murphy usa muitas piadas do longa original e mostra mais do reino de Zamunda
atualizado
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O filão de remakes está em alta – mesmo que aponte para uma perigosa falta de criatividade na indústria cinematográfica. Surfando nesta onda, o Amazon Prime Video lança, nesta sexta-feira (5/2), Um Príncipe em Nova York 2, remake do clássico longa de Eddie Murphy lançado em 1988.
Assim, o público (mesmo os mais jovens, que assistiram ao longa original na Sessão da Tarde) é transportado para Zamunda – um fictício reino africano. Eddie Murphy volta (entre outros personagens) na pele do príncipe Akeem Joffer.
Às vésperas de se tornar rei, pois seu pai, Jaffe Joffer (James Earl Jones), está à beira do morte, Akeem é confrontado com a ausência de um herdeiro homem: o príncipe e a princesa, Lisa McDowell (Shari Headley), só tiveram três filhas: Meeka (KiKi Layne), Tinashe (Akiley Love) e Omma (Bella Murphy).
Akeen, então, descobre que durante sua aventura nos anos 1980 teve uma filho, que mora no Queen’s, em Nova York. E parte em uma nova jornada aos EUA para recuperar o herdeiro.
No entanto, Um Príncipe em Nova York 2 pouco se passa na cidade: na maior parte do tempo, o elenco está em Zamunda; é lá que a trama se desenvolve. O enredo, longe de trazer maiores complexidades, explora a transição entre a modernidade e a transição, impondo novos costumes (mais americanos, talvez…) ao reino fictício.
Um Príncipe em Nova York 2 arranca risadas com as situações e com as tradicionais caras e bocas de Eddie Murphy – Wesley Snipes como General Izzy também garante bons momentos. Mas, para o bem ou mal, o filme foca bastante no fan service, com várias piadinhas em referência ao longa original.
Do ponto de vista da comédia, as cenas na barbearia do Queen’s geram os melhores diálogos. Em um deles, por exemplo, o barbeiro vivido por Murphy responde sobre como os EUA saiu de Barack Obama para “ser governado por nazistas que se vestem como geeks”.
Um Príncipe em Nova York 2, como boa parte das sequências tardias, não tem a força nem o impacto do filme original, mas é um longa divertido, uma comédia leve e adaptada aos tempos atuais.