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Crítica: Tio Drew falha em capturar a diversão dos comerciais da Pepsi

Mesmo com time de superatletas da NBA e gigantes da comédia, longa não consegue duplicar espontaneidade do viral que originou personagem

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Quantrell D. Colbert/Lionsgate
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1 de 1 59 - Foto: Quantrell D. Colbert/Lionsgate

Contrate um astro da NBA, a principal liga de basquete do mundo. Caracterize-o como um senhor de idade. Peça para ele desafiar jovens – supostamente, ninguém sabia de nada –, em quadras pelas ruas dos Estados Unidos. Tal premissa deu tão certo que a Pepsi, em parceria com o habilidoso atleta Kyrie Irving, decidiu transformar seus bem-sucedidos comerciais em um filme.

No entanto, a obra dirigida por Charles Stone falha em traduzir para a telona a diversão e espontaneidade dos comerciais que viralizaram nas redes sociais.

A premissa é simples: Dax Howery (Lil Rel Howery) é um volúvel empregado da loja Foot Locker enfrentando dificuldades financeiras. Sua principal chance de melhorar de vida passa pela conquista de um torneio de basquete do lendário Rucker Park, em Nova York.

No entanto, após perder seu principal jogador (Aaron Gordon, atleta do Orlando Magic) e a namorada (Tiffany Haddish) para o rival (Nick Kroll), Dax terá que confiar no sexagenário Uncle Drew e sua equipe – formada pelos ex-jogadores Shaquille O’Neal, Chris Webber, Nate Robinson, Reggie Miller e Leslie Nilsen – para triunfar no torneio e, também, na vida.

Apesar de formuláico e previsível, o roteiro não é o principal problema de Tio Drew. As limitações dramáticas dos jogadores ficam gritantes quando a trama lhes exige transparecer mais emoção. Os momentos bem-humorados também não funcionam, com o filme se debruçando em tiradas previsíveis e apostando que seria suficiente a comédia visual de mostrar superatletas cobertos de pesada maquiagem.

Os veteranos do humor Nick Kroll e Tiffany Haddish pouco puderam fazer para salvar o material.

Até mesmo os fãs do basquete deverão sair decepcionados do cinema, já que, lamentavelmente, a magia do jogo só é explorada de forma superficial e em momentos pontuais do filme.

Execução nunca foi um problema para atletas do nível de Kyrie Irving e Shaquille O’Neal. Porém, ao tentar transformar um viral de 5 minutos em um longa de 1 hora e 43 minutos, Tio Drew mostrou que mesmo supertimes têm suas limitações.

Avaliação: ruim

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