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Crítica: Tár explora música clássica em boa atuação de Cate Blanchett

Novidade nos cinemas, o filme Tár conta os bastidores das relações de poder na música clássica e traz o bom protagonismo de Cate Blanchett

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Cena do filme Tár, protagonizado por Cate Blanchett - Metrópoles
1 de 1 Cena do filme Tár, protagonizado por Cate Blanchett - Metrópoles - Foto: Divulgação

Um dos lançamentos desta quinta-feira (26/1) nas salas de cinema é o filme Tár. A produção, estrelada por Cate Blanchett, recebeu seis indicações ao Oscar e traz os bastidores da música clássica no enredo, explorando os abusos de poder existentes neste ambiente e também a conturbada relação entre a Academia de Música e as mulheres.

O longa-metragem gira em torno da vida da renomada maestrina e compositora Lydia Tár, interpretada com excelência por Blanchett. A atriz conseguiu incorporar bem o papel proposto e mostrou desenvoltura para lidar com todos os sentimentos envolvidos na vida profissional e particular da personagem.

Logo nos primeiros minutos de filme, a personagem principal é apresentada como a primeira diretora musical feminina da Orquestra Filarmônica de Berlim e uma das poucas personalidades presentes na seleta lista de premiados com um Emmy, um Grammy, um Oscar e um Tony na carreira. De cara, percebe-se que a produção trata de um grande talento.

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Protagonizado por Cate Blanchett, teve seis indicações ao Oscar
A produção explora as relações de poder no ambiente da música clássica
Cate Blanchett tem uma atuação irretocável
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O filme Tár é um dos lançamentos de janeiro com maior expectativa de bilheteria nos cinemas

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Protagonizado por Cate Blanchett, teve seis indicações ao Oscar

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A produção explora as relações de poder no ambiente da música clássica

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Cate Blanchett tem uma atuação irretocável

O mundo da música clássica, exposto como machista e liderado por homens, conta com a influência de Tár. Pioneira como mulher nesse recinto, ela utiliza as ferramentas possíveis para controlar e manipular peças, bem como noticiado em várias situações de poder absoluto na vida real.

A protagonista aproveita do status que tem para realizar atividades duvidosas e chega a abusar da ética no ambiente de trabalho. Neste primeiro momento, Cate Blanchett mostra sua qualidade ao transmitir tamanha soberba com naturalidade, fazendo parecer que a vida cheia de segredos e falcatruas é normal.

Tudo muda, entretanto, quando a vida da maestrina começa a tomar um rumo duvidoso por conta de acusações e influências indiretas e diretas na vida de outras pessoas. Professora, começa a ter problemas envolvendo os alunos. O momento é bem explorado pelo diretor Todd Field, que utiliza as redes sociais e a manipulação de fatos, temática importante e atual, para expor a situação.

 

O diretor, inclusive, também acerta ao levantar um questionamento que há muito tempo perdura na sociedade. É possível separar o artista de sua obra? A pergunta é bem representada em alguns momentos do filme, com argumentos que defendem tanto o “sim” como o “não” em uma possível resposta para a pergunta.

Com mais de 2 horas e 30 minutos de tela, a produção pode ser cansativa em alguns momentos, mas não se torna monótona. É possível ver, em cena, momentos de suspense e tensão que remetem à filmes de terror. Outro acerto é a inclusão de novos personagens conforme o longa vai passando, descentralizando o peso de um único assunto e adicionando histórias que acabam por se unir no fim.

O desfecho de Tár é um tanto quanto acelerado, por conta da minutagem do filme, mas é satisfatório. Cate Blanchett justifica a indicação ao Oscar de Melhor Atriz em 2023 e termina a ótima atuação sendo, assim como no início da obra, a protagonista de uma conturbada e gloriosa história.

Avaliação: Ótimo

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