Crítica: Shazam! Fúria dos Deuses é uma sequência cômica e divertida
A sequência do filme diverte ao trazer uma fase com mais maturidade de Shazam!, mas deixa a desejar por apresentar formato previsível
atualizado
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Shazam! Fúria dos Deuses estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (16/3). O filme traz uma nova fase do herói e Deus da DC Comics, mas mantém o formato cômico que foi apresentado na primeira produção da franquia. Portanto, saibam que as piadinhas e momentos de quebra de tensão permanecem. Quem gostou do primeiro filme, fatalmente gostará dessa sequência.
Entretanto, diferentemente do filme introdutório, o diretor David F. Sandberg pesou um pouco mais a mão nos momentos cômicos. Em algumas cenas mais leves as falas realmente arrancam risadas, mas na hora da tensão, a quebra parece radical demais.
No primeiro longa-metragem, ficou clara a intenção de mostrar a transformação do personagem Billy Batson em um herói e isso se concretiza na nova produção. Esse ponto é positivo. Entretanto, a construção das antagonistas na trama não satisfaz e lidera algumas das notas negativas para o enredo.
Mudanças de Shazam!
As mudanças de direção envolvendo as Deusas e irmãs Hespera, Anthea e Kalypso em Shazam! parecem bobas, daquelas que poderiam ser resolvidas com uma conversa e acabam por se tornar uma guerra. Algumas cenas envolvendo elas também parecem meio soltas e sem explicação durantes as mais de duas horas de tela.
Outro ponto que incomoda é o fato das cenas de ação serem reproduzidas com um teor infantilizado. As lutas, em sua maioria, chegam a lembrar os combates de desenhos animados, nos quais os heróis e vilões não trocam socos e não sangram, apenas arremessam o oponente contra objetos em uma cena quase teatral. Os efeitos especiais dos poderes também não causam muito impacto.
Apesar disso, as atuações são satisfatórias em Shazam! Fúria dos Deuses. Zachary Levi e companhia encorparam bem os papéis designados na produção. A introdução de diálogos mais emotivos também é importante para o desenvolvimento dos atores e para a consistência do longa.
O filme, como muitas das recentes produções de heróis, sejam da DC Comics ou da Marvel, também tem parte do ápice nas últimas cenas. O fim do longa-metragem traz momentos que são surpreendentes e as cenas pós-créditos projetam uma imaginação do espectador para um futuro que pode ser interessante.
Mesmo assim, para mim, os momentos não são o suficiente para tornar o segundo filme da franquia em algo definitivamente bom. É divertido, mas parece se basear em uma profundidade que ainda será apresentada.
Avaliação: Bom