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Crítica: sem personalidade, terror Slender Man não assusta nem diverte

Longa adapta lenda macabra da internet sobre uma entidade sobrenatural sem rosto que ataca crianças e adolescentes

atualizado

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Sony Pictures/Divulgação
slender man (2)
1 de 1 slender man (2) - Foto: Sony Pictures/Divulgação

O terror Slender Man: Pesadelo Sem Rosto ironicamente começa com duas amigas de colégio curtindo um vídeo fofo de gatinho no YouTube. O hábito de “morar” na internet vira um estorvo quando elas se juntam a outras duas colegas para, numa noite qualquer, invocar a entidade sobrenatural que dá nome ao filme.

Criado em 2009 pelo usuário Eric Knudsen, do fórum Something Awful, o personagem é magro e alto, com braços compridos como galhos de árvore. Ele inspirou uma série daqueles memes macabros que envolvem montagens sobrenaturais, fabulações de internautas e coisas do tipo.

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Joey King
Uma vez diante do Slender, a vítima tem dois destinos: morte ou enlouquecimento
Pôster de Slender Man: Pesadelo Sem Rosto
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Wren (Joey King) e Hallie (Julia Goldani Telles): amigas atormentadas por entidade sobrenatural

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Joey King

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Uma vez diante do Slender, a vítima tem dois destinos: morte ou enlouquecimento

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Pôster de Slender Man: Pesadelo Sem Rosto

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Mas o que se vê na tela é um produto incapaz de desenvolver qualquer esboço de mitologia – talvez seja um pouco culpa do estúdio Sony, já que o longa chegou mutilado aos cinemas. Slender surge na floresta escura que circunda uma cidade pequena e aterroriza as adolescentes em aparições risíveis, se anunciando em quedas de luz, sons de estática e madeira crepitando.

Uma forma fugidia que surge no quarto, na biblioteca da escola e até numa ligação de vídeo mostrando o ponto de vista da assombração. A perseguição se inicia quando Wren (Joey King, vista no primeiro Invocação do Mal), Hallie (Julia Goldani Telles), Chloe (Jaz Sinclair) e Katie (Annalise Basso) veem um vídeo sinistro em um fórum online.

Katie desaparece misteriosamente. As outras três passam a conhecer os reais efeitos de quem fica cara a cara com o vilão: morte ou enlouquecimento. Há toda uma rede de pessoas conectadas pela curiosidade em torno de Slender, mas o filme não consegue nem pregar jump scares (aqueles sustinhos que fazem você “pular”) no público, que dirá criar uma atmosfera de medo coletivo.

Apesar de o filme não ajudar, o personagem renderia comentários promissores sobre a hiperconectada geração millennial. Ele se espalha entre os “fãs” como um fenômeno viral – ou mesmo um vírus de computador – e se comporta tal qual um anônimo típico da web, impessoal e sem face.

Slender Man, dirigido por Sylvain White, provavelmente vai frustrar quem espera um genuíno terror de internet. Um dos exemplares mais instigantes é Amizade Desfeita (2014), todo ambientado na tela de desktop de uma adolescente durante uma conversa por Skype com amigos. Tem na Netflix.

Avaliação: Ruim

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