metropoles.com

Crítica: “Procurando Dory” é repetitivo, mas tem carisma próprio

Continuação de “Procurando Dory” acompanha a esquecida peixinha azul em busca de seus pais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Walt Disney/Divulgação
Procurando Dory
1 de 1 Procurando Dory - Foto: Walt Disney/Divulgação

As animações da Pixar talvez sejam as únicas de Hollywood capazes de mexer com adultos e crianças. Há uma razão um tanto óbvia: os filmes revelam personagens frágeis em situações de perigo (ou amadurecimento), ora tentando voltar para casa, ora simplesmente em busca de sentido, rumo, edificação pessoal. “Procurando Dory” consegue replicar o que dá certo em “Procurando Nemo”: um ar aterrorizante, mas mui divertido de imprevisibilidade e insegurança.

Em termos narrativos, a continuação rearranja situações para o universo da peixinha azul com problema de memória recente. Se no anterior Marlin e Dory varreram o oceano em busca de Nemo com a ajuda de peixes e pássaros na jornada, desta vez é Dory quem nada à procura de seus parentes, apoiada por Marlin, Nemo, amigos do passado e pelo rabugento polvo Hank.

Ela não se recorda muito bem como se perdeu deles, nem sequer dos seus nomes. A verdade é que Dory não se lembra de quase nada. A partir de uma cena do primeiro filme, aquela em que ela se pergunta de onde veio e quem são seus pais, “Procurando Dory” flagra a personagem-título imersa em seus próprios dramas: sem memória, tudo que ela tem é a intuição, aqui e agora.

A sabedoria de Dory: seja você mesmo
Com flashbacks, Andrew Stanton, também diretor de “Nemo”, aos poucos descortina o passado da peixinha. Seus pais vivem num instituto marinho na Califórnia. Um lugar que acolhe seres marinhos doentes para depois devolvê-los ao mar ou entregá-los a ambientes controlados em outros lugares.

A capacidade da Pixar de fazer o público se emocionar ganha contornos ainda mais urgentes com a história de Dory. Pois ela mora num mundinho próprio e age de maneira espontânea, sem planejamento ou estratégia. Para o desespero de Marlin e Nemo – e de todos nós.

Com um visual tão deslumbrante quanto de “Procurando Nemo”, “Procurando Dory” acaba sendo também mui dependente do original: os personagens se perdem, passam por apuros, os reencontros ficam sempre no quase e o espírito de cooperação marinha rende novos coadjuvantes hilários, como a dupla de leões marinhos preguiçosos e um estabanado pássaro pronto para ajudar (e atrapalhar).

“Dory” navega por ondas já desbravadas, mas nem por isso deixa de transmitir um carisma autêntico e cativante. Ah, e detalhe para a esperteza da Pixar: é bem possível que Hank, um personagem cheio de mistério e rancor, ganhe seu próprio filme.

Avaliação: Bom

Veja horários e salas de “Procurando Dory”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?