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Crítica: O Último Duelo tem na personagem feminina o grande destaque

Ridley Scott traz bom filme e acerta na escolha narrativa de focar na história de Marguirete de Carrouges, vivida por Jodie Comer

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O Último Duelo
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Em O Último Duelo, novo filme de Ridley Scott, que estreia nesta quinta-feira (14/10), o público é apresentado a uma história contada por três pontos de vista. Trata-se de um fato ocorrido no século 14, que, por mais incrível que pareça, segue ainda atual.

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Baseado em fatos reais, o filme narra o último duelo sancionado pela França entre Jean de Carrouges (Matt Damon) e Jacques Le Gris (Adam Driver), dois amigos que se tornaram rivais. Quando a esposa de Carrouges, Marguerite (Jodie Comer), é violentamente atacada por Le Gris, ela se recusa a ficar em silêncio e acusa seu agressor em um ato de coragem que coloca sua vida em perigo.

O mais interessante no filme é que, apesar de os dois homens estarem na “arena”, o duelo do título parece, em boa parte do longa, ser o de Marguerite contra uma sociedade que tenta o tempo todo colocá-la como mentirosa.

O filme, então, ganha muito mais força quando se propõe a colocar as visões que dois homens (algoz e marido da vítima) têm da violência contrapostas com a da mulher. A diferença entre as perspectivas – representadas, às vezes, com pequenas mudanças no ângulo de câmera – são os melhores momentos de O Último Duelo.

Enquanto os dois homens lutam por seus orgulhos e desejos, a disputa em torno da real vítima da violência fica esquecida nas perspectiva dos dois. Jodie Comer no papel de Marguerite consegue assumir as várias nuances da personagem e, principalmente, quando conta a história do seu ponto de vista, expõe as falhas nas narrativas de Jacques Le Gris e Jean de Carrouges – bem interpretados por Adam Driver e Matt Damon.

Coragem

Ridley Scott tem, em O Último Duelo, um lado. O diretor não fica em cima do muro na hora de colocar as três perspectivas. Em todos os relatos, Marguerite é, claramente, a vítima da história – em uma linha narrativa completamente distinta da usada nos filmes de Suzane von Richthofen.

Avaliação: Bom

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