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Crítica: “O Rei do Show” celebra diversidade em musical protocolar

Com canções assinadas pela dupla Benj Pasek e Justin Paul, a mesma de “La La Land”, o filme traz Hugh Jackman no papel de produtor circense

atualizado

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o rei do show THE GREATEST SHOWMAN
1 de 1 o rei do show THE GREATEST SHOWMAN - Foto: Fox/Divulgação

Que tal um filme entre o saudosismo do remake de “A Bela e a Fera” e a contemporaneidade agridoce de “La La Land: Cantando Estações”? É o que pretende ser “O Rei do Show”, novo musical estrelado por Hugh Jackman cinco anos após “Os Miseráveis”.

Com roteiro de Jenny Bicks (“Sex and the City”) e Bill Condon (“A Bela e a Fera”), o longa retorna ao século 19 para mostrar como o entertainer P.T. Barnum fundou o Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus, que funcionou por longos 146 anos – de 1871 a maio de 2017, quando encerrou suas atividades.

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As estrelas do circo comandado por Barnum: renegados e marginalizados pela sociedade
Barnum (Hugh Jackman) e Charity (Michelle Williams): casal sonhador
Zendaya interpreta a trapezista Anne Wheeler: atriz também estrelou "Homem-Aranha: De Volta ao Lar"
Pôster de "O Rei do Show"
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O showman P.T. Barnum (Hugh Jackman): circo desafia padrões e atrai louvor popular nos Estados Unidos

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As estrelas do circo comandado por Barnum: renegados e marginalizados pela sociedade

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Barnum (Hugh Jackman) e Charity (Michelle Williams): casal sonhador

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Zendaya interpreta a trapezista Anne Wheeler: atriz também estrelou "Homem-Aranha: De Volta ao Lar"

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Pôster de "O Rei do Show"

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Mais hagiografia do que biografia, “O Rei do Show” apresenta Barnum às plateias atuais como um sonhador incurável. Nascido em família pobre e filho de um alfaiate, o showman tem uma obsessão pelos holofotes. Casado com Charity (Michelle Williams), o empreendedor encontra nos renegados e marginalizados pela sociedade a matéria-prima para um inédito espetáculo de variedades.

Pessoas de todas as cores, origens, formas e tamanhos estrelam o show dirigido por Barnum. De Lettie (Keala Settle), a cantora barbuda, a Charles Stratton (Sam Humphrey), o anão de pose napoleônica.

Em ritmo apressado, a trama logo problematiza o sucesso do circo para gerar o conflito que permeará todo o resto do filme. Alvo preferencial do crítico de teatro James Gordon Bennett (Paul Sparks), do “New York Herald”, Barnum não se mostra satisfeito com o louvor popular.

O circo da diversidade, mas sem grandes cenas
Ele busca aprovação dos que se dizem eruditos, sobretudo dos pais de Charity. Para tal, numa viagem à Europa, contrata a cantora lírica sueca Jenny Lind (Rebecca Ferguson, vista neste ano em “Vida” e “Boneco de Neve”) para uma longa primeira turnê nos Estados Unidos. Tudo para receber das elites uma piscadinha de reconhecimento.

Mixando música contemporânea e acordes suavemente roqueiros numa agradável roupagem de ópera pop, as canções assinadas pela dupla Benj Pasek e Justin Paul (vencedora do Oscar por “La La Land”) garantem algum magnetismo à história.

Além da falta de criatividade para criar grandes cenas – o elemento mais esperado de qualquer musical –, o diretor estreante Michael Gracey não consegue equilibrar a trajetória de Barnum com subtramas que mereciam mais capricho. O romance entre o dramaturgo Phillip Carlyle (Zac Efron) e a trapezista Anne Wheeler (Zendaya) soa sempre desengonçado, por exemplo.

“O Rei do Show” tenta convergir extravagâncias dos musicais e celebração louvável das minorias e da diversidade, mas o resultado que se vê no filme parece distante das ambições de Gracey. Talvez já seja o bastante, porém, para frequentar a temporada de premiações.

Avaliação: Regular

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