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Crítica: Mortal Kombat mantém a tradição das adaptações ruins de games

Do diretor estreante Simon McQuoid, longa por vezes parece se tratar de um fanfilm e uma versão dos games em live-action

atualizado

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mortal kombat capa
1 de 1 mortal kombat capa - Foto: Warner/Divulgação

Lançado nos Estados Unidos no HBO Max, a segunda adaptação em live-action da franquia de games Mortal Kombat chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20/5). Apesar da empolgação dos fãs com o trailer, o longa mantém a tradição de Hollywood em errar nas adaptações de jogos para os cinemas.

Do diretor estreante Simon McQuoid, o filme começa com a história de Hanzo Hasashi, o Scorpion. Famoso ninja do clã Shirai Ryu, ele se dedica a cuidar de sua família e seu vilarejo, mas é morto por Bi-Han, o Sub-Zero, e acaba condenado a viver no submundo enquanto espera por sua vingança.

A trama então se desenrola após a apresentação de Cole Young, personagem inédito na franquia e criado especialmente para o filme. Interpretado por Lewis Tan, o protagonista é um lutador de MMA que está em decadência e vive de lutas baratas para sobreviver. O que ele não sabe é que carrega a herança de um poderoso ninja.

Conforme acompanhamos a história de Cole, o roteiro apresenta personagens clássicos dos games como os ex-militares Jax e Sonya Blade, além do mercenário Kano que, na busca por saber do que se trata o torneio Mortal Kombat, vão juntos em busca do templo do Lorde Raiden, um dos antigos deuses e protetor do plano terreno.

Após apresentar os protagonistas, o filme começa a mostrar seus maiores problemas. Como de costume em grande parte das adaptações dos games para às telonas, o roteiro é na verdade um grande “catadão”: personagens mal desenvolvidos, diálogos ruins, cenas caricatas, piadas forçadas e história praticamente nula, onde nada se explica.

Através de Cole, o time de roteiristas de Mortal Kombat busca seguir a clássica “receita” da jornada do herói, enquanto tenta desenvolver a mitologia em torno do torneio e do vilão, o “ladrão de almas” Shang Tsung. Mas tudo isso acontece da pior maneira possível, as motivações do vilão e o impacto do torneio para a trama inexistem (tanto que ele nem chega a acontecer) e tudo acaba parecendo uma grande sequência de frames e lutas de um dos jogos da franquia.

Outro aspecto bastante negativo da adaptação se trata das edições. Diversas cenas são montadas de maneira tosca, fazendo com que o espectador tampouco entenda o que está acontecendo na tela e que o filme se pareça na verdade com um grande fanfilm, feito por amigos e upado no YouTube.

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O filme tem o personagem inédito Cole Young como protagonista
Mas segue a maldição de adaptações ruins de games para os cinemas
E tem uma história confusa e pouco explicativa
O filme tem direção do estreante Simon McQuoid
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Mortal Kombat

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O filme tem o personagem inédito Cole Young como protagonista

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Mas segue a maldição de adaptações ruins de games para os cinemas

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E tem uma história confusa e pouco explicativa

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O filme tem direção do estreante Simon McQuoid

Reprodução

Para os fãs, no entanto, o live-action de Mortal Kombat pode agradar por se tratar de um grande fan service. A maioria dos personagens clássicos dos games estão em tela, bem como as frases “Kano Wins”, “Flawless Victory”, “Finish him” e “Get Over Here”, que são grandes momentos dos jogos.

Além disso, alguns dos golpes especiais de Liu Kang, Sub-Zero, Kung Lao e de Shang Tsung estão em vários trechos do filme (inclusive como piada). Os tradicionais “Fatalities” também não ficam de fora e são adaptados para as telas com sangue jorrando a vera (mesmo por vezes de forma tosca) como nos games – diferente da versão de Paul W. S. Anderson, lançada em 1995.

Avaliação: Regular

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