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Crítica: Minha Fama de Mau revive as cores e canções da Jovem Guarda

Longa baseado no livro de memórias homônimo de Erasmo Carlos narra amizade do roqueiro com Roberto Carlos e Wanderléa

atualizado

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1 de 1 minha fama de mau2 paprica fotografia (2) - Foto: Paprica Fotografia/Divulgação

A Jovem Guarda, um dos fenômenos mais icônicos da música brasileira, ganha tratamento cinematográfico no filme Minha Fama de Mau. Dirigido por Lui Farias, o longa adapta para a telona o livro de memórias homônimo de Erasmo Carlos, vivido na trama por Chay Suede. O coração da história é a juventude do cantor e sua amizade com Roberto Carlos (Gabriel Leone) e Wanderléa (Malu Rodrigues).

Tradição quase que inesgotável do cinema brasileiro contemporâneo, a cinebiografia ganha aqui ares de videoclipe informativo. Os atores usam suas próprias vozes nas releituras dos maiores sucessos dos anos 1960. São afinados e convencem.

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O Rei, a Ternurinha e o Tremendão: Gabriel Leone, Malu Rodrigues e Chay Suede encarnam Roberto Carlos, Wanderléa e Erasmo Carlos

 

Entre diálogos e reinterpretações musicais, Farias empreende uma série de recursos para tornar a Tijjuca de 50 anos atrás reconhecível para as plateias de hoje. Imagens documentais do período se misturam aos tons coloridos de estúdios de rádio e TV, veículo então engatinhando no Brasil. Linguagem de quadrinhos e recortes de jornais e revistas também reforçam essa contextualização histórica.

Apesar de justificáveis para um filme que se pretende popular, esses hipertextos acabam enfraquecendo justamente o cerne da história: a origem e a personalidade marcantes de Erasmo, um genuíno malandro carioca que ajudou a abrasileirar o rock’n’roll – o nosso iê-iê-iê.

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Erasmo Carlos (Chay Suede): astro da Jovem Guarda
Chay Suede e Erasmo Carlos: longa foi rodado em 2015
Pôster de Minha Fama de Mau
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Minha Fama de Mau: cinebiografia de Erasmo Carlos é baseada no livro de memórias do cantor

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Erasmo Carlos (Chay Suede): astro da Jovem Guarda

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Chay Suede e Erasmo Carlos: longa foi rodado em 2015

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Pôster de Minha Fama de Mau

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Essa busca de Farias por um espírito de época acaba esbarrando num roteiro apressado, de elipses pouco convincentes e até confusas ao mostrar as metamorfoses dos personagens – as crises de Erasmo e a saída de Roberto da Jovem Guarda, por exemplo.

Na segunda metade, passagens mostrando a difícil relação do trio com a imprensa e as críticas sofridas por pares artísticos – Elis Regina e a turma da Bossa Nova – fornecem um contraponto útil ao público atual que talvez desconheça os bastidores daquele momento.

Minha Fama de Mau ganha força toda vez que abandona a dramatização dos fatos e tenta dar conta do imenso repertório, com as canções sendo executadas sem moderação. Um filme morno como cinebiografia e algo atraente como musical.

Avaliação: Regular

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