metropoles.com

Crítica: Millennium – A Garota na Teia de Aranha é atípico na série

Apesar da boa qualidade técnica e da atuação correta de Claire Foy, o longa é ponto fora da curva na história sobre homens abusivos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Columbia Pictures/Divulgação
Millennium: A Garota na Teia de Aranha
1 de 1 Millennium: A Garota na Teia de Aranha - Foto: Columbia Pictures/Divulgação

Não se engane pela história apresentada no trailer de Millennium: A Garota na Teia de Aranha. A hacker e justiceira Lisbeth Salander (Claire Foy) de fato bagunça a vida de um rico abusador de mulheres, mas esta é apenas a introdução da história. Este longa, adaptação do livro de David Lagercrantz que deu sequência à trilogia escrita pelo sueco Stieg Larsson não tem como principal mote este tipo de vingança.

A trama é menos intrincada que a do longa anterior, Os Homens que Não Amavam as Mulheres (2011): Lisbeth é procurada por Frans Balder (Stephen Merchant), um programador que criou um software extremamente perigoso para a humanidade. Ao roubar o app do Departamento de Defesa americano para seu cliente, a protagonista acaba encontrando forças maiores e mais perigosas na Suécia, prontas para tomar a tecnologia dela.

6 imagens
A vencedora do Globo de Ouro Claire Foy tem uma interpretação de Lisbeth Salander que não deixa a desejar
Camilla Salander (Sylvia Hoeks) é a maldosa irmã de Lisbeth
As cenas de ação do longa são complexas e intrigantes, dignas dos livros
A Lisbeth de Foy se permite demonstrar emoções, mas apenas quando está só
O poster do filme
1 de 6

Apesar da promissora cena do trailer, esta é apenas a introdução para um filme atípico na série Millenium

Columbia Pictures/Divulgação
2 de 6

A vencedora do Globo de Ouro Claire Foy tem uma interpretação de Lisbeth Salander que não deixa a desejar

Columbia Pictures/Divulgação
3 de 6

Camilla Salander (Sylvia Hoeks) é a maldosa irmã de Lisbeth

Columbia Pictures/Divulgação
4 de 6

As cenas de ação do longa são complexas e intrigantes, dignas dos livros

Columbia Pictures/Divulgação
5 de 6

A Lisbeth de Foy se permite demonstrar emoções, mas apenas quando está só

Columbia Pictures/Divulgação
6 de 6

O poster do filme

Columbia Pictures/Divulgação

A abertura do filme é um aceno para o longa que o precede, com imagens obscuras que remetem ao título, mas tem um tom próprio. É como se o diretor Fede Alvarez estivesse dizendo: lembrem-se destes personagens, mas este é o meu filme. A atuação de Foy como a complicada protagonista também lembra, em diversos momentos, a interpretação que Rooney Mara deu a Salander anteriormente. A premiada atriz, no entanto, se permite conferir mais emoções à personagem – mas apenas quando ela está sozinha.

O filme tem, é claro, cenas de perseguição e de ação complexas, dignas da série tão amada ao redor do mundo. Mas a maior característica da série literária, a riqueza de seus personagens, é pouco explorada. Eles estão ali e são interessantes, mas o próprio Mikael Blomkvist (Sverrir Gudnason) é pura e simplesmente um coadjuvante, o que faz com que apenas o lado mais pateta do personagem apareça.

Em um momento em que uma personagem como Lisbeth Salander é uma heroína tão necessária no cinema, é uma pena que a produção tenha optado pela história de um livro que mal aborda a temática da violência contra a mulher. Quando o assunto finalmente vem à baila, é na forma de catarse, o que torna as intenções da vilã ainda mais nebulosas.

Avaliação: Bom

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?