Crítica: mais violento, Halloween Kills é uma baita homenagem ao terror slasher
Continuação direta do longa de 2018, novo filme da franquia reúne o que há de melhor no subgênero com as novidades do terror atual
atualizado
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Com diversas sequências, reboots e até versão que não tem Michael Myers, a franquia Halloween voltou ao circuito em 2018, com o retorno de Jamie Lee Curtis ao papel da eterna Laurie Strode. Elogiado pela crítica e sucesso de bilheteria, o longa deu start a uma nova trilogia e ganha continuação nesta quinta-feira (14/10).
Sequência direta, a trama de Halloween Kills – O Terror Continua se inicia exatamente após o final do longa de 2018, em que Laurie (Jamie) consegue prender Michael no porão e incendiá-lo, achando que, finalmente, após mais de 40 anos, conseguiu vencê-lo. Mas nem tudo sai como o planejado e o vilão consegue sobreviver.
Se recuperando em um hospital de uma facada do vilão, Laurie, a filha Karen (Judy Greer) e a neta Allyson (Andi Matichak) precisam se preparar para o retorno de Michael, que está ainda mais sedento por sangue. Enquanto isso, cansados de esperar, sobreviventes e familiares dos assassinados formam um grupo para caçar Michael Myers em Haddonfield.
Mais violento
Ainda mais violento e sangrento que seu antecessor, Halloween Kills é uma baita homenagem à própria franquia e ao terror slasher – subgênero focado em assassinos psicopatas simplesmente viciados em matar, como os de O Massacre da Serra Elétrica (1974) e Pânico (1996). O longa é repleto de referências a Halloween: A Noite Do Terror (1978) e ao próprio subgênero, com muita violência gráfica, sangue e, claro, diálogos e piadas clichês e até mesmo a fotografia que sempre fizeram parte da história do slasher.
Mais uma vez dirigido por David Gordon Green, a sequência mantém o estilo “pé no chão” do longa de 2018 e introduz novas camadas para as histórias de Laurie e Myer, bem como uma série de reflexões para a franquia iniciada por John Carpenter e que já ganhou 12 filmes (com mais um programado). Diferente do longa anterior, que foi pensado inicialmente para ser apenas um desfecho para a trama de mais de 40 anos de antagonismo entre Laurie e Myers, o novo Halloween expande a história para debater sobre medo e vingança, e como esses sentimentos podem “desumanizar” as pessoas.
A partir disso, mostra como Laurie teve sua vida afetada pelos acontecimentos daquela noite de Halloween em 1978 e se tornou uma pessoa completamente obcecada, ao ponto de ser ruim para as pessoas ao seu redor, principalmente sua família, e como Michael Myers não é apenas um serial killer (por isso a quase imortalidade), mas sim um reflexo de tudo que há de ruim nas pessoas, praticamente a própria personificação do mal.
Avaliação: Ótimo