metropoles.com

Crítica: Legalize Já – Amizade Nunca Morre peca pelo excesso de temas

Atuação de Ícaro Silva é um dos destaques positivos da cinebiografia do Planet Hemp

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Imagem Filmes/Divulgação
Legalize Já filme
1 de 1 Legalize Já filme - Foto: Imagem Filmes/Divulgação

Ao contrário do que sugere, Legalize Já: Amizade Nunca Morre nada tem a ver com a descriminalização da maconha. Dirigido por Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, o filme estreia nesta quinta-feira (18/10) e trata sobre música, desigualdade, persistência, cumplicidade e, claro, a formação de umas das bandas mais icônicas da década de 1990: a Planet Hemp.

O longa-metragem foca na vida pré-fama de Marcelo D2 e Skunk, dois estranhos com um desejo comum: derrubar o sistema com rimas ácidas e velozes. Os pontos alto e fraco da produção esbarram no mesmo quesito, a escolha do elenco.

5 imagens
A trilha sonora está repleta de faixas que marcaram a geração Legalize Já
no filme Skunk é representado como o principal responsável para idealização da banda
Ele faleceu antes de ver o grupo estourar
1 de 5

À esquerda, D2 e Skunk. À direita, Ícaro e Renato Góes caracterizados

Imagem Filmes/Divulgação
2 de 5

Divulgação
3 de 5

A trilha sonora está repleta de faixas que marcaram a geração Legalize Já

Imagem Filmes/Divulgação
4 de 5

no filme Skunk é representado como o principal responsável para idealização da banda

Imagem Filmes/Divulgação
5 de 5

Ele faleceu antes de ver o grupo estourar

Imagem Filmes/Divulgação

De um lado, o espectador é presenteado com a madura interpretação de Ícaro Silva (Skunk), que soube dosar a indignação e a fragilidade exigidas pelo personagem. Do outro, o bom mocismo de Renato Góes nada lembra o rapper autor de letras como “porcos da lei são todos marginais, matam pessoas inocentes e continuam em paz”.

Na trama, recheada de conflitos que passeiam por questões como aborto, racismo e discriminação de classes, os personagens se conhecem no meio da rua. Prestes a serem enquadrados pela polícia, os dois se esbarram e acabam descobrindo o talento mútuo. A partir daí, Skunk é colocado como principal responsável pelo ingresso de D2 no meio artístico.

Apesar de bem costurado, o roteiro apresenta algumas histórias paralelas que, ou sobram, como a do pai de Marcelo D2 (Stepan Nercessian), ou terminam sem explicação, como a relação entre Skunk e o argentino dono de um bar, Brennand (Ernesto Alterio). Contudo, durante a sessão, há momentos de humor muito bem-vindos que servem para quebrar a dureza dos problemas dos rappers.

Mais uma vez, o excesso de temas pulveriza qualquer chance de debate mais aprofundado. A questão do aborto, por exemplo, além de estar sob o ponto de vista da “mulher arrependida”, divide espaço com a indecisão de D2 se vale ou não a pena investir na carreira de cantor. Ao final, a obra perde fôlego e passa a focar no distanciamento dos até então parceiros e amigos inseparáveis.

Avaliação: Regular

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?