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Crítica: King Richard emociona e tem Will Smith em grande forma

Com Will Smith de protagonista, King Richard: Criando Campeãs estreia nos cinemas de todo o país nesta quinta (2/12)

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King Richard
1 de 1 King Richard - Foto: Divulgação

Família. Admiração. Superação. Resiliência. Força. Coragem. São essas as palavras para descrever a trajetória das irmãs Serena e Venus Williams, exposta no filme King Richard: Criando Campeãs. Com Will Smith como protagonista, o longa, que estreia nesta quinta (2/12), é uma aula sobre representatividade negra e vontade de vencer. Mas não o “vencer” de ser bom. O vencer de ser o melhor.

Para quem não sabe, Serena e Venus Williams são as maiores jogadores de tênis do mundo. A primeira conquistou 72 títulos durante toda a carreira, enquanto a segunda, 42. Elas começaram sua história no gueto de Compton, na Califórnia, e foram treinadas pelo pai, Richard Williams, para marcarem o tênis mundial. E acreditem: elas conseguiram!

Em King Richard, o telespectador não vai encontrar apenas uma história piegas sobre grandes campeãs, mas uma aula sobre superação e humildade. Começando a carreira pelos guetos, com raquetes de tênis quebradas e bolas de tênis estragadas, as jovens são treinadas não só para serem grandes jogadoras, mas também para fugir do mundo das drogas e da violência que assola as comunidades.

Assista ao trailer:

Richard é chamado de arrogante, duro demais com as filhas e até ignorante. Em uma das partes mais impactantes do filme, onde uma vizinha chama o conselho tutelar para avaliar a criação que o pai dá para as filhas, o treinador lembra: um policial pode bater na minha porta para sugerir que eu maltrato as minhas filhas, mas nunca virá aqui para dizer que uma delas foi morta em uma briga de gangues.

Inclusive, se tem uma coisa que não pode passar despercebida neste longa é a atuação excepcional de Will Smith. O ator faz seu nome quando o assunto é prender o telespectador e fazê-lo entender que toda sua luta não passa de esforço para dar a vida que ele nunca teve às suas crianças.

É viável esperar que tanto Smith como o longa estejam na lista de indicados de premiações, como o Oscar, do próximo ano.

A dureza de Richard fica ainda mais presente quando ele impede que Venus participe de competições ou assine grandes contratos, o que é comum em carreiras de esportistas. Ao invés disso, as jovens continuam estudando, indo à igreja e prestando apoio à comunidade. Mesmo que tivessem todo o potencial para serem as próximas campeãs.

Mesmo com todo o impedimento por parte do pai, o momento chega. E quando chega, é mais emocionante do que se espera. Além de grandes jogadoras de tênis, as irmãs Williams transformam-se em nomes da representatividade negra. Elas passam a ser o rosto de um dos movimentos que mais sofre percalços em todo o mundo. Crianças negras negras não só se inspiram nas jovens, como querem seguir os mesmos passos que elas.

Vale destacar ainda que, além do elenco majoritariamente negro e com trilha-sonora de Beyoncé, o diretor do longa, Reinaldo Marcus Green, também é negro, frisando mais ainda a importância da representatividade na luta contra o racismo.

Com pequenas doses de humor, King Richard: Criando Campeãs vai te fazer rir, chorar, refletir e entender que, mesmo que suas vitórias sejam imensas, é importante manter a humildade. Como diria Richard Williams: “Lembre-se sempre de quem é, e de onde você veio”.

Avaliação: Ótimo

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