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Crítica: Jim Carrey “anos 1990” rouba a cena em Sonic: O Filme

Com visual recauchutado após reação dos fãs ao primeiro trailer, longa inspirado no astro da Sega é diversão irregular e despreocupada

atualizado

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1 de 1 sonic61 - Foto: Paramount Pictures/Divulgação

Antes de qualquer coisa, vale o aviso. Sonic: O Filme não é nem de longe tão desastroso quanto pode parecer para os espectadores mais pessimistas – ou fãs apreensivos do ouriço supersônico. Previsto para estrear em novembro de 2019, o longa baseado no astro do videogame da Sega teve visual totalmente recauchutado, o que empurrou o lançamento para agora, fevereiro de 2020.

Pudera. Aquele primeiro trailer soava como terror involuntário de quinta categoria. Pois bem. A nova aparência CGI do alienígena azul, mais associada à vista nos games, ainda pode causar certa estranheza. Sobretudo pela qualidade por vezes questionável de alguns efeitos.

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Sonic 2 será lançada em abril de 2022
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Ouriço supersônico vive exilado na Terra após seu planeta se tornar inabitável para ele
Pôster de Sonic: O Filme
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Jim Carrey no papel do vilão, o Dr. Ivo Robotnik: atuação frenética

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Maddie (Tika Sumpter) e Tom (James Marsden): casal "tutor" de Sonic na Terra

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Ouriço supersônico vive exilado na Terra após seu planeta se tornar inabitável para ele

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Pôster de Sonic: O Filme

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O Sonic do cinema parece, literalmente, ter sido atirado da telinha de um jogo, digamos, de PS4 para a telona. De qualquer maneira, essa artificialidade meio desengonçada acaba curiosamente fazendo um bem danado ao filme.

Dublado em inglês por Ben Schwartz (Parks and Recreation), o protagonista centraliza uma historinha digna de cutscenes – aqueles nacos de trama que costumamos ver em qualquer jogo, geralmente entre uma fase e outra. O bichinho se vê obrigado a deixar seu planeta após uma perseguição feroz à sua tutora, Garra-Longa.

O veloz ouriço recebe dela uma porção de anéis mágicos, capazes de criar portais para outros mundos. Basta atirar a joia para o alto e dizer o destino. Sonic desaba no nosso planeta. Mais precisamente na pequena cidade de Green Hills, no estado do Montana (EUA).

Solitário, sem poder se revelar ao mundo e saber da extensão de seus poderes, atrai para si o interesse do governo americano após um episódio de ansiedade: correu a toda num campo de beisebol e gerou uma alta voltagem de energia que comprometeu a luz de boa parte da região oeste.

É aí que entra o verdadeiro astro de Sonic: O Filme. Jim Carrey no papel do Dr. Ivo Robotnik, um excêntrico gênio da ciência e tecnologia que zanza por aí com drones militarizados e carta-branca do governo para suas “pesquisas” – à guisa de dominação mundial.

Para capturar o “demônio” azul, porém, ele terá que superar o melhor amigo do extraterrestre: o policial Tom Wachowski (James Marsden), “protetor” de Green Hills prestes a assumir um novo emprego na polícia de San Francisco.

A dinâmica entre policial e ouriço não é muito diferente de vários outros híbridos de live-action e animação, como o recente Pokémon: Detetive Pikachu (2019). O elemento que desestabiliza (positivamente) a verve de filme buddy é a atuação hiperativa e amalucada à la anos 1990 de Carrey. Ele claramente se divertiu à beça fazendo Robotnik. Distribui caretas, contorcionismos e falas bizarras em todas as cenas de que participa.

Fora isso, Sonic: O Filme consegue funcionar como entretenimento despreocupado, sem tantas ambições de fazer frente à “elite” de blockbusters de super-heróis. Diversão “básica”, esquecível e inofensiva, com uma vibe que soa, talvez indiretamente, antenada ao extenso acervo de memes inspirados no personagem. Como não amar as referências a Keanu Reeves, por exemplo?

Na média das adaptações de games – e olha que o autor deste texto é fã de várias, como a franquia Resident Evil –, passa longe do abismo.

Avaliação: Regular

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