metropoles.com

Crítica: “Invocação do Mal 2” aumenta a escala e os sustos do original

Dirigida por James Wan, a continuação acompanha as investigações paranormais do casal Warren durante o caso de possessão demoníaca em Enfield, na Londres dos anos 1970

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Warner Bros./Divulgação
Invocação do Mal 2
1 de 1 Invocação do Mal 2 - Foto: Warner Bros./Divulgação

Filmes de terror costumam causar ainda mais arrepio e fascínio quando parecem baseados em fatos. É como se o público pudesse acessar uma história real por meio dessa janela de ilusões chamada cinema. Mais incensado diretor de terror dos últimos anos, tendo iniciado as franquias “Jogos Mortais”, “Sobrenatural” e “Invocação do Mal”, o malaio James Wan dá seguimento à esta última em “Invocação do Mal 2”.

A sequência faz bem ao se desgarrar dos acontecimentos do primeiro título – mais precisamente, da boneca Annabelle. Casal de investigadores paranormais, Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga) começam o filme apurando o famoso caso de Amityville, que inspirou livro e filme nos anos 1970. Esse episódio de possessão demoníaca foi tão chocante que afastou os Warren de futuras visitas a casas amaldiçoadas.

Com US$ 40 milhões à disposição, dobro do orçamento do longa original, Wan expande a mitologia da franquia: além de levar para a tela mais um caso real de manifestação espiritual, o diretor também pretende erguer um registro histórico detalhado e preciso.

Um terror retrô que assusta e diverte
Assim, ele recria Enfield, no norte de Londres, para filmar o caso da família Hodgson, no fim dos anos 1970, e ali constrói um cenário bem próprio da época. Até a tipografia usada no título e alguns efeitos visuais crus, como frames estáticos e marionetes, lembram o cinema daquela década.

Recorrendo a truques manjados para assustar o público – trilha sonora gritante e falsas pistas visuais –, Wan é mais feliz quando resolve levar as perturbações para os próprios movimentos e pontos de vista da câmera. Planos sinuosos e inclinados fornecem a atmosfera ideal para a casa úmida e escura de Peggy Hodgson (Frances O’Connor), que cria dois filhos e duas filhas com imensas dificuldades.

Com mais ambição do que de costume, Wan une as visões de Lorraine – uma freira alta e do além – ao demônio de um idoso que tanto atormenta a vida dos Hodgson. O roteiro também tem lá suas maquinações, colocando em dúvida as supostas possessões de Janet (Madison Wolfe), uma das filhas de Peggy. Cada novo surto é mais grave e histérico que o anterior. Ou seria tudo uma farsa?

“Invocação do Mal 2” almeja a profundidade de uma prova de fé, mas diverte mesmo quando se propõe a pregar peças no público e nos heróis. No auge da fama, os Warren eram vistos como impostores por céticos e pesquisadores. Wan não liga nem um pouco para isso. Ele quer se divertir e nos divertir contando essas histórias de jeitos cada vez mais absurdos.

Avaliação: Bom

Veja horários e salas de “Invocação do Mal 2”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?