Crítica: I’m Your Woman mostra o ser mulher em um mundo violento
A produção da diretora Julia Hart estreia no Amazon Prime Video nesta sexta-feira (11/12)
atualizado
Compartilhar notícia
Ambientado nos Estados Unidos dos anos 1970, I’m Your Woman, filme que o Amazon Prime Video lança nesta sexta-feira (11/12), é uma das apostas do streaming para a temporada de premiação – focado principalmente no elenco, com Rachel Brosnahan (A Maravilhosa Sra. Maisel), e na trama.
Passado nos Estados Unidos dos anos 1970, o drama de crime – com boas pitadas de thriller e road movie – acompanha a mudança na vida de Jean (Rachel Brosnahan), a partir do momento em que seu marido, o criminoso Eddie (Bill Heck), tem os planos frustrados.
Veja aqui a entrevista do Metrópoles com o elenco.
Jean, então, que sempre fez questão de fechar os olhos para a vida bandida do marido, tem que abandonar a passividade e lutar (literalmente, em vários momentos) pela própria vida. Nessa trajetória, ela cruza o caminho com Teri (Marsha Stephanie Blake) e Carl (Arinze Kene).
É a partir da mudança de Jean e de sua, por várias vezes tensa, relação com Carl e Teri que I’m Your Woman ganha força e começa a justificar seu nome. O filme, da diretora Julia Hart, é sobre duas mulheres que reivindicam suas identidades, montadas em um mundo de conflitos criados e geridos por homens.
É nos confrontos do submundo do crime, dos quais em grande parte Jean e Terri nada tinham ver, que essas mulheres precisam conviver para sobreviver e proteger seus filhos.
Como Jean passa boa parte do tempo fugindo, as escolhas visuais da diretora Julia Hart a colocam como uma observadora de um cenário de violência explícita. A escolha, que condiz com a propostado filme, fica explícita na cena da boate – sem maiores spoilers.
I’m Your Woman é um drama com questionamentos interessantes, apresentando uma socieade de 60 anos atrás que, infelizmente, pode ser atual em vários aspectos.