Crítica: Guerra do Amanhã é drama familiar em meio a luta com aliens
O sci-fi de ação do Amazon Prime Video mistura esses dois universos em um passatempo divertido, mas com diversas falhas
atualizado
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Aliens, zumbis, apocalipses, monstros, vampiros e todos os derivados, na maioria das vezes, são os elementos narrativos encontrados pela humanidade para explicar… a ela própria. Esses vilões supernaturais servem como uma lente de aumento para observarmos como nós, homens e mulheres, reagimos a problemas morais, éticos etc. Muitas vezes, a estratégia rende ótimas frutos, Outras, nem tanto, como no caso de Guerra do Amanhã, novo candidato a blockbuster do Amazon Prime Video.
Com sequências de ação, aliens devoradores de seres humanos e um certo drama familiar, o filme, dirigido por Chris McKay, narra uma história de guerra cercada por dilemas entre filhos e pais. Em 2021, a humanidade é surpreendida por um pedido de socorro vindo do futuro.
Em 2051, a Terra está sendo destruída por aliens devoradores de humanos. Por isso, os militares voltam a 2021 para recrutar novos soldados para uma guerra que parece fadada ao fracasso. Aí, Dan Forrest (Chris Pratt), um ex-militar e cientista frustrado vai para o futuro participar da luta.
A partir do protagonista – Chris Pratt, que sempre entrega atuações carismáticas – o filme segue por dois caminhos: uma aventura de ação e guerra contra monstros; e uma discussão sobre a possibilidade de se ter uma segunda chance na vida.
Mesmo que as sequências de troca de tiros com os aliens sejam interessantes – afinal, a humanidade está claramente perdendo o confronto e não consegue pensar em nada além de “atirar” –, Guerra do Amanhã falha em entregar o sentido de urgência que a missão pede. Outro ponto negativo é a incapacidade de conectar as duas tramas principais, gerando quase dois filmes (medianos) em um.
Guerra do Amanhã é mais uma aposta de ação do Prime Video – que, recentemente, lançou o controverso Sem Remorso. Com boas ideias pouco aproveitadas, o filme tenta, sem sucesso, conectar o drama à luta contra o apocalipse. Falha nessa missão, mas vira um passatempo divertido, para quem quer se desconectar por duas horas – principalmente pelo elenco, que, além de Pratt, tem Yvonne Strahovski e J.K Simmons.