Crítica: Free Guy – Assumindo o Controle é o puro suco de entretenimento
Protagonizado por Ryan Reynolds, longa mistura comédia, ação e romance com as infinitas possibilidades dos games em mundo aberto
atualizado
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O que aconteceria se um NPC (non-player character), ou melhor, um figurante de um game qualquer simplesmente tomasse as rédeas de suas funções na história e seguisse por conta própria como um verdadeiro player? Esse é o mote de Free Guy – Assumindo o Controle, novo filme de Ryan Reynolds (Deadpool), que mistura comédia, ação e romance com as infinitas possibilidades dos games em mundo aberto.
Na história, Guy (Reynolds) é um personagem qualquer do famoso jogo Free City, que segue rigorosamente todos os dias o roteiro de sua história: acordar, tomar café e ir trabalhar como caixa no banco da cidade – que uma hora ou outra será assaltado pelos jogadores do game que estão em busca de subir de nível.
Guy, porém, tem sua vida virada de cabeça para baixo após encontrar a mulher de seus sonhos. Na tentativa de conquistá-la, ele acaba descobrindo que as coisas não são como imaginava e ele, na verdade, é um personagem de um jogo de videogame do melhor estilo “mundo aberto”. Agora, ele precisa aceitar sua realidade e lidar com o fato de que é o único que pode salvar o seu mundo.
Do diretor Shawn Levy, que tem um extenso currículo voltado à comédia, Free Guy é uma grata surpresa. Apesar de se passar em um contexto bastante utilizado em outros títulos recentes (a união entre o mundo virtual e a realidade), o longa é o puro suco do que é entretenimento e foge de ser uma simples comédia pastelão.
Com uma premissa que por vezes lembra Jogador Nº1 (2018), Free Guy deve agradar também os fãs do filme dirigido por Steven Spielberg. Em menor quantidade, o longa conta com várias referências a cultura pop (em especial as produções da Disney/Fox) e bebe bastante do mundo gamer para divertir o espectador – caminho seguido também pela Warner em Space Jam: Um Novo Legado.
Além disso, Free Guy ainda se destaca por ter Ryan Reynolds em uma versão “boazinha” de Deadpool. Ao contrário do Mercenário Tagarela, Guy é ingênuo e preferir seguir mais as “regras” dos heróis, mas tem o mesmo gosto para piadas trash e o coração focado em conquistar a amada.
Vale destacar também as participações de Taika Waititi e Channing Tatum no filme. O ator e diretor, conhecido por seus trabalhos recentes em Thor: Ragnarok e Jojo Rabbit, leva seu ótimo talento para a comédia em um vilão eloquente e surtado e, apesar do pouco tempo em tela, Tatum é protagonista de uma das cenas mais hilárias do filme, que chega aos cinemas em 19 de agosto.
Avaliação: Ótimo