Crítica: filme sobre Bonhoeffer é uma bela e comovente surpresa
A Redenção: A História Real de Bonhoeffer apresenta a história de um pastor da Alemanha que se rebelou contra o a ideologia nazista
atualizado
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A Redenção: A História Real de Bonhoeffer estreia nesta quinta-feira (12/12) nos cinemas. O filme conta a história de Dietrich Bonhoeffer, um pastor, filósofo e teólogo alemão que ficou conhecido por ser um dos grandes opositores do regime nazista nos anos 1930 e 1940.
A produção é estrelada pelo ator Jonas Dassler, o grande destaque no elenco do filme. Interpretando o pastor Bonhoeffer, o ator tem uma atuação imponente, provocativa e autêntica. Mesmo diante do medo provocado por um regime ditatorial, o personagem se mostra forte e resiliente.
O filme é dirigido por Todd Komarnicki e é feita pelo mesmo estúdio responsável pelos filmes Som da Liberdade (crítica disponível aqui) e Cabrini (crítica disponível aqui). Os três filmes têm um mote em comum: utilizar a questão da fé, da religião e das classes sociais como temáticas principais.
Assim como em Cabrini, A Redenção tem uma fórmula mais coesa e menos provocativa, tornando o filme mais agradável, próximo da realidade e menos polêmico. A mensagem passada pelo filme sobre a Alemanha nazista, apesar de ser estabelecida em séculos passados, continua atual e pode ser adaptada para diferentes contextos sociais.
A diferença de A Redenção para os outros filmes do estúdio é que a produção traz um drama mais acentuado e uma história mais pesada, com a intenção de prender a atenção do público. Tratar um período ditatorial em tela requer uma riqueza de detalhes que é entregue nas 2h15 de filme.
A produção sobre Bonhoeffer é mais um exemplo de que sempre existem histórias para serem resgatadas de períodos históricos e adaptadas para o cinema. Caso sejam bem feitas, a chance de agradar o público é enorme. Com boa trilha sonora e cenas bem produzidas, acredito que a produção é um acerto.