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Crítica: Feios tem espírito adolescente em distopia sobre ficar bonito

Feios, que estreia na Netflix, nesta sexta-feira (13/9), é mais uma série de distopia juvenil no mundo do entretenimento

atualizado

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Brian Douglas/Netflix
Foto de uma menina branca em meio a flores brancas - Metrópoles
1 de 1 Foto de uma menina branca em meio a flores brancas - Metrópoles - Foto: Brian Douglas/Netflix

A humanidade acabou: essa é uma aposta para cada vez mais histórias que invadem o mercado audiovisual. Mais uma vez a distopia vem com força, em Feios, filme que estreia na Netflix, nesta sexta-feira (13/9). Dessa vez, porém, depois do caos, os seres-humanos renascem bonitos.

Feios é adaptação do livro de mesmo nome de Scott Westerfeld. Na trama, o publico conhece a jovem Tally Youngblood – e sim, esse sobrenome, que pode ser traduzido omo sangue jovem, faz sentido. A personagem de Joey King tem um sonho: se tornar bonita.

No universo em que Tally vive, os jovens aos 16 anos passam por uma cirurgia plástica para, suspotamente, ficarem bonitos.

Acontece que Tally se aproxima de Shay, uma jovem que recusa se submeter ao tratamento criado pela Dra. Cable, vivida por Laverne Cox. A rebelde quer se unir a outros que refutam a ditadura da beleza e vivem isolados fora dos limites da cidade, em um acampamento liderado por David.

Um primeiro ponto que causa incomodo no filme é que os feios não são feios – e suas versões bonitas sejam ainda menos bonitas. Mas, como se sabe, gosto é algo subjetivo.

O longa segue a linha de distopias infanto-juvenis, como as séries Divergente e Maze Runner, e, em meio a sequências de ação e dramas adolescentes, discute temas afeitos ao público-alvo. Ao longo das duas horas, o roteiro navega por pressão estética; padrões de beleza opressores; imagem x autoimagem; redes sociais; amizade; e busca por identidade.

A premissa interessante e contemporânea, no entanto, começa a fica feia [perdão, mas era inevitável] na forma de se abordar tudo isso. Feios não permite imaginar, escolhe narrar tudo, explicar seu universo em diálogos e longas exposições – prejudicando o ritmo e, contraditoriamente, deixando pontos obscuros na trama.

Feios é um filme nascido com alma de franquia (na literatura, vale lembrar, são três livros) e cara de que deve emplacar um TOP10 nas próximas semanas. Porém, os próximos capítulos, talvez, precisem passar pelos “milagres” da Dra. Cable.

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