Crítica: “Extraordinário” aborda bullying com delicadeza
Estrelado por Julia Roberts e Owen Wilson, o filme é adaptação cinematográfica de best-seller
atualizado
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Tudo está nos conformes durante a execução de “Extraordinário”, o lançamento cinematográfico bem-intencionado da semana. O protagonista da película, baseada em livro homônimo, é Augie (Jacob Tremblay), um garoto que nasceu com uma síndrome rara que deixa deformações no rosto. E também na alma.
Para se proteger dos olhares maldosos, os pais do menino o educam em casa e o deixam usar um capacete de astronauta durante os curtos passeios na rua. Esse “sigilo” só é quebrado quando Isabel (Julia Roberts) sente a necessidade de retomar os estudos interrompidos desde a gravidez do caçula e o matricula numa escola regular da vizinhança.
Todas as lições sobre bullying entre crianças são narradas do ponto de vista de personagens próximos ao garoto. A decisão de usar a narrativa em primeira pessoa, presente também no livro, mostra uma variedade de visões sobre o problema. É também uma alternativa que deixa a obra um tanto didática.
Dirigida pelo diretor Stephen Chbosky, cineasta especializado em narrar histórias de protagonistas inadequados, como em “As Vantagens de Ser Invisível” (2012), “Extraordinário” é especialmente interessante para explicar o tema a crianças pequenas.
Porém, sua narrativa múltipla e a ausência de um “trato” maior dado a questões complexas tornam o filme um pouco superficial. A atriz brasileira Sônia Braga (“Aquarius”) faz participação incidental como a avó da família.
Avaliação: Regular