metropoles.com

Crítica: “Entre Irmãs” e o cinema de lágrimas de Breno Silveira

Novo filme do diretor de “Dois Filhos de Francisco” e “Gonzaga: de Pai Para Filho” tenta a todo custo emocionar o espectador

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Sony/H20/Divulgação
entreirmas_7
1 de 1 entreirmas_7 - Foto: Sony/H20/Divulgação

As principais características do cinema do cineasta Breno Silveira estão impressos em “Entre Irmãs”, mais novo filme assinado por ele. Como o título indica, a narrativa centra-se em um drama familiar, especialização do diretor de “Dois Filhos de Francisco” e “Gonzaga: de Pai Para Filho”. Desta vez, o realizador se arrisca num filme épico de quase três horas de duração, desenhado com tintas melodramáticas.

O cerne da película está numa forçada separação entre duas irmãs órfãs, com diferentes gostos e expectativas. A paisagem seca se abre na perspectiva de combate para Luzia (Nanda Costa), forçada a acompanhar Carcará (Júlio Machado), líder de um bando de cangaceiros.

A região árida, retratada numa palheta de cores ocres, se torna uma paisagem dissolvida no retrovisor para Emília (Marjorie Estiano) após um casamento com Degas (Rômulo Estrela). O marido, um herdeiro rico da capital do estado do Recife, não está exatamente interessado na vida matrimonial e essa pode ser uma fonte de frustração para a mais moderna das duas irmãs.

5 imagens
"Entre Irmãs", de Breno Silveira
"Entre Irmãs", de Breno Silveira
"Entre Irmãs", de Breno Silveira
"Entre Irmãs", de Breno Silveira
1 de 5

"Entre Irmãs", de Breno Silveira

Sony / H2O/Divulgação
2 de 5

"Entre Irmãs", de Breno Silveira

Sony / H2O/Divulgação
3 de 5

"Entre Irmãs", de Breno Silveira

Sony / H2O/Divulgação
4 de 5

"Entre Irmãs", de Breno Silveira

Sony / H2O/Divulgação
5 de 5

"Entre Irmãs", de Breno Silveira

Sony / H2O/Divulgação

A esquematização proposta pelo roteiro promove uma montagem de ações paralelas, num vai e vem de situações passadas no sertão e no litoral. A trilha sonora executada em (quase) toda a projeção não salva a inação de um script formado pelo excesso de situações expositivas e ritmo arrastado. Na verdade, em dado momento, a insistência do uso da música deixa de ambientar ou emocionar.

Esses fatores acabam por enfraquecer a denúncia da condição de submissão das mulheres e o trato da homossexualidade em uma sociedade que não consegue absorver o diferente e o conflitos de classes. Aparentemente, o projeto mais ambicioso de Silveira é atrapalhado exatamente pelos excessos de uma linguagem cinematográfica, pensada para emocionar, que funciona bem melhor quando usada com moderação.

Avaliação: Regular

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?