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Crítica: em Guerra Infinita, Vingadores vivem clímax emocional da saga

Novo filme dos estúdios Marvel reúne legião de heróis para conter Thanos, cínico genocida prestes a atacar a Terra

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1 de 1 vingadores-guerra-infinita-31 - Foto: Disney/Marvel/Divulgação

Para todos os efeitos, Vingadores: Guerra Infinita nutre ambições de ser não menos do que uma ópera espacial capaz de sintetizar 10 anos de franquia, 18 filmes anteriores e funcionar como o primeiro ato de um grand finale – “um” porque o Universo Cinematográfico Marvel (MCU) obviamente seguirá adiante em novos ciclos de filmes.

Diferentes escalas e níveis de ação, da Terra a mundos variados, de socos com a força de um planeta à gravidade de encontros melancólicos. Ao contrário dos Vingadores anteriores, o primeiro, de 2012, e o modorrento Era de Ultron (2014), a nova aventura de equipe da editora multiplica as dimensões físicas e emocionais do que conhecíamos como cinema de super-heróis.

A começar pelo vilão, o genocida Thanos (Josh Brolin). Pai de Gamora (Zoe Saldana), o sobrevivente de Titã começa o filme com duas Joias do Infinito cravadas em sua manopla – são seis, ao todo, e duas delas estão em relativa segurança na Terra sob controle dos Vingadores.

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Thor (Chris Hemsworth) ao lado de alguns dos Guardiões da Galáxia: em busca de um novo martelo para o asgardiano
Thanos (Josh Brolin)
Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Bruce Banner (Mark Ruffalo) e Wong (Benedict Wong)
Homem-Aranha (Tom Holland)
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Pantera Negra (Chadwick Boseman): parte da Guerra Infinita acontece em Wakanda

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Thor (Chris Hemsworth) ao lado de alguns dos Guardiões da Galáxia: em busca de um novo martelo para o asgardiano

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Uma vez reunidas, as pedras, forjadas pelo Big Bang e fundamentais para o equilíbrio das coisas, darão ao cínico antagonista o poder de consumar um plano atroz: exterminar aleatoriamente metade do universo para “corrigir” o que considera um desvio de rota na jornada da vida e, assim, reduzir o esgotamento de recursos, evitar um apocalipse natural.

De maneira sempre colorida e extravagante, utilizando a paleta dos Guardiões da Galáxia, os irmãos diretores Anthony e Joe Russo (de Soldado Invernal e Guerra Civil, dois dos melhores episódios do MCU) dividem a trama em pelo menos três grandes eixos.

Folhetim carnavalesco e violento: o começo do fim
Thor (Chris Hemsworth), Rocket (Bradley Cooper) e Groot (Vin Diesel) vão atrás de um novo martelo para o asgardiano.

Pantera Negra (Chadwick Boseman), Visão (Paul Bettany), Capitão América (Chris Evans), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Bruce Banner (Mark Ruffalo) – com dificuldades de invocar Hulk –, Falcão (Anthony Mackie), Viúva Negra (Scarlett Johansson), Bucky (Sebastian Stan) e War Machine (Don Cheadle) tentam conter generais e acólitos de Thanos em Wakanda.

No núcleo aparentemente mais destemido, Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Star-Lord (Chris Pratt), Homem-Aranha (Tom Holland) e Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) atraem Thanos para sua terra natal, Titã, a fim de desestabilizá-lo.

Guerra Infinita admite um tom tão farsesco – a autoironia continua à toda – quanto trágico. O festival de piadas na primeira metade parece apenas disfarçar os sacrifícios penosos e a matança que vêm a seguir.

É, de longe, o epicentro dramático do MCU. Mas o ritmo da narrativa parece convenientemente servir como trampolim para o quarto Vingadores, esse sim o estrondoso final envolvendo Thanos e nossos combalidos e divididos justiceiros.

O terceiro ato mui problemático e desengonçado – mal não só da Marvel, mas dos filmes de gibi em geral –, com bruscas mudanças de atmosfera e apressadas soluções sentimentais, revela as artimanhas de um produto inacabado de propósito, de olho no capítulo seguinte. A novela mais duradoura da cultura pop atual ainda tem muita porrada e explosão para mostrar.

Avaliação: Regular

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