Crítica: Em Guerra com o Vovô é pastelão com clima de Sessão da Tarde
Dirigido por Tim Hill, o longa-metragem estreia nesta quinta-feira (20/5), e traz Robert De Niro e Uma Thurman no elenco
atualizado
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Com nomes de peso no elenco como Robert De Niro (O Bom Pastor) e Uma Thurman (Kill Bill), Em Guerra com o Vovô estreia, nesta quinta-feira (20/5), sem grandes pretensões com a sétima arte. Comédia pastelão familiar dirigida por Tim Hil, o filme traz o clima de Sessão da Tarde para as telonas brasileiras, e, justamente por isso, é uma boa opção para quem apenas quer dar boas risadas descompromissadas.
Na trama, o viúvo Ed (Robert De Niro) é convencido a se mudar para a casa da filha, Sally (Uma Thurman), que se preocupa com o bem-estar do pai. Lá, entra em uma disputa territorial com o neto, Peter (Oakes Fegley), que foi expulso de seu quarto com a chegada do avô. Os dois passam o filme fazendo pegadinhas um com o outro, para definir quem ficará no confortável cômodo da casa.
Tim Hill, responsável por títulos como Alvin e Os Esquilos e Garfield 2, não cansa dos clichês e repetições para arrancar o riso fácil dos espectadores. Em especial nas cenas onde a guerra entre avô e neto respinga em Sally e Arthur (Rob Riggle), genro de Ed. Porém, o desenvolvimento do roteiro é tão simples e direto, que o até o cinéfilo mais exigente pode se divertir com as passagens.
Mesmo sem explorar as possíveis camadas dramáticas de uma disputa geracional, é muito interessante ver a “guerra” da turma do sexto ano do colegial, liderada por Peter, contra o grupo de aposentados que segue Ed.
O diretor também utiliza bem dois polos do elenco para quebrar o estilo melancólico escolhido por De Niro para compor o personagem. De um lado a pequena Poppy Gagnon, que vive a neta caçula de Ed e enche o vídeo de delicadeza sempre que aparece. Do outro, o também detentor de um Oscar, Christopher Walken (Hairspray), que garante leveza e energia nas dobradinhas entre os figurões de Hollywood.
Nada melhor que uma comédia familiar, com altas doses de amor e final feliz, para nos distrair das notícias pesadas e obscuras impostas pela realidade.
Avaliação: Bom