Crítica: É Assim que Acaba é um presente para os fãs de Colleen Hoover
É Assim que Acaba, primeira adaptação de Colleen Hoover para o audiovisual, chega aos cinemas nesta quinta-feira (8/8)
atualizado
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Aguardado com expectativa, É Assim que Acaba chega nos cinemas nesta quinta-feira (8/8), para alegria dos fãs do Colleen Hoover — uma das principais escritoras de literatura young adult da atualidade. A produção é a primeira adaptação de um livro da autora, que também conta com outros sucessos como O Lado Feio do Amor (2014), Novembro, 9 (2015) e Verity (2018).
Diretor do longa-metragem, Justin Baldoni não poderia ter seguido um caminho melhor do que o de servir uma verdadeira ode aos fãs do livro, lançado em 2018 no Brasil, contrariando o receio inicial de que o audiovisual pudesse “estragar” a trama, que vendeu mais de 1 milhão de exemplares apenas no país.
É Assim que Acaba persegue a história de Lily Bloom (Blake Lively), uma mulher que supera uma infância traumática para começar uma nova vida em Boston. Um encontro casual com o charmoso neurocirurgião Ryle Kincaid (Justin Baldoni) desencadeia uma conexão intensa, mas à medida que os dois se apaixonam profundamente, Lily começa a ver lados de Ryle que a lembram do relacionamento de seus pais.
Quando o primeiro amor de Lily, Atlas Corrigan (Brandon Sklenar), reaparece repentinamente em sua vida, o relacionamento com Ryle é abalado, e Lily percebe que deve aprender a confiar em sua própria força para fazer uma escolha impossível para o seu futuro.
Justin Baldoni, que para além de dirigir, também é responsável por dar vida ao polêmico Ryle, já havia dito que se preocupou em agradar os fãs do livro e chegou a ler roteiros com apaixonados por Colleen para garantir a fidelidade.
E assim foi feito: apesar de minimizar a trama de Lily e Ryle, assim como a da protagonista com Atlas, a produção garantiu pontos importantes e esperados no longa-metragem — inclusive frases de impacto idênticas ao escrito por Colleen Hoover.
Como nem tudo é perfeito, a história de amor entre os protagonistas passa por cima da violência física e psicológica contra a mulher, um dos principais pontos do livro, e deixa o romance tomar conta da trama. Apesar de também não ser o foco da obra escrita, agressões ficam mais sensíveis nas telonas, e deveriam receber mais atenção do que cenas espaçadas e sugestivas.
É Assim que Acaba promete agradar os fãs de Colleen e fazer sucesso de bilheteria exatamente por esse time fiel de apaixonados, mas tem chances de ser considerado descartável por quem não vai muito com a trama young adult. O final, inclusive, cheira a continuação…