Crítica: Creed 3 mantém fórmula de sucesso e se firma como franquia
Dirigido e estrelado por Michael B. Jordan, Creed 3 segue o formato dos filmes anteriores da franquia e conta com boas atuações
atualizado
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O terceiro filme da franquia Creed estreia nesta quinta-feira (2/3) nos cinemas brasileiros. Dirigido e estrelado por Michael B. Jordan, segue a cartilha das produções anteriores do longa-metragem e da sequência Rocky, usando o boxe como válvula de escape para os problemas da vida.
O personagem principal, Adonis Creed, assume o papel de destaque em definitivo e mostra que a franquia pode seguir crescendo sem a presença de Rocky Balboa (Sylvester Stallone). No enredo deste terceiro filme, ele tem que lidar com a volta do amigo Dame à vizinhança. Esse velho conhecido ficou preso por mais de uma década e saiu da prisão com sede de vingança.
O filme traz vários pontos notáveis e trabalha diversas temáticas. A experiência de assistir Creed 3 vai ser diferente para cada expectador. Asssuntos como negritude, deficiência auditiva, dor da perda, questões psicológicas e outras questões delicadas são abordadas em meio aos épicos combates, como disse o próprio Michael B. Jordan:
“Essa franquia e seus temas são profundamente pessoais para mim.”
As lutas de boxe, inclusive, continuam sendo o ponto de destaque no longa-metragem. A trilha sonora e os efeitos especiais trazem o destaque preciso para os momentos no ringue, valorizando a experiência de assistir no cinema.
Assista ao Metrópoles Já Viu de Creed 3:
Dramas pessoais
Em Creed 3, os dramas pessoais dos personagens são notáveis. Todo o núcleo que cerca Adonis, destaque da produção, também enfrenta questões importantes e que não são deixadas de lado para satisfazer o foco no iconico boxeador.
Bianca (esposa de Adonis), Dame (rival e ex-amigo de Adonis), Mary Anne (mãe de Adonis) e Amara (filha de Adonis) vivem situações complicadas e que são abordadas com o cuidado e a importância devida, mesmo tratando-se de personagens que, em tese, são secundários.
Esse zelo por todas as peças que estão no filme trazem uma complexidade de temas que encantam, muito por se tratarem de personagens, que em sua maioria, são negros. Reflexões sobre a realidade e reflexos da vida real são apresentados de forma sutil, mas categórica. É bonito de se ver como as pessoas negras são diferentes, têm problemas diferentes, podem desempenhar diversas funções e não devem ser taxadas como iguais nas produções cinematográficas.
Avaliação: Excelente