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Crítica: Conquistar, Amar e Viver Intensamente é poético romance gay

Novo longa do diretor francês Christophe Honoré acompanha casal que enfrenta a Aids no início dos anos 1990

atualizado

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1 de 1 conquistar amar3 - Foto: Imovision/Divulgação

Nas mãos de um diretor qualquer, o filme Conquistar, Amar e Viver Intensamente poderia soar fatalista ou piegas. Sob direção do talentoso cineasta Christophe Honoré, um dos grandes nomes do cinema francês contemporâneo, este romance gay consegue se equilibrar entre realismo, melodrama e retrato de época.

Especificamente, início dos anos 1990, quando a Aids era uma ameaça ainda mais violenta para a humanidade. De pronto, o trunfo do longa é conseguir sustentar uma intensa força dramática através de gestos, olhares e diálogos habilmente escritos, sem depender de uma trama quadradinha a seguir.

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Jacques (Pierre Deladonchamps), Arthur (Vincent Lacoste) e Mathieu (Denis Podalydès): amizade LGBT
Arthur (Vincent Lacoste): estudante de Rennes apaixonado por Jacques
Pôster de Conquistar, Amar e Viver Intensamente
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Conquistar, Amar e Viver Intensamente foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2018

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Jacques (Pierre Deladonchamps), Arthur (Vincent Lacoste) e Mathieu (Denis Podalydès): amizade LGBT

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Arthur (Vincent Lacoste): estudante de Rennes apaixonado por Jacques

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Pôster de Conquistar, Amar e Viver Intensamente

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O amor entre Arthur (Vincent Lacoste, de Amanda, grande filme ainda inédito no Brasil) e Jacques (Pierre Deladonchamps, de Um Estranho no Lago) nasce da distância. O primeiro, jovem estudante de Rennes habituado a múltiplos relacionamentos. O segundo, experiente dramaturgo de Paris, pai de Loulou (Tristan Farge) e portador do vírus HIV.

Ambos vivem em universos de acolhimento. Arthur tem uma grande amiga, Nadine (Adèle Wismes), apaixonada por ele. Mathieu (Denis Podalydès), vizinho de Jacques, trabalha como jornalista e não dispensa uma boa conversa.

Tudo soa natural em Conquistar, Amar e Viver Intensamente. Das cenas de sexo às sequências de conversa, em geral rodadas com elegância, sem firulas de câmera. Ao tratar a Aids dispensando sentimentalismos gratuitos e maçantes, o filme consegue funcionar como um contraponto interessante a outro título recente sobre a mesma época, o fortemente militante e político 120 Batimentos por Minuto.

Conhecido por A Bela Junie (2008) e Canções de Amor (2007), Honoré poderia ter se saído ainda melhor se o filme fosse mais enxuto e menos repetitivo. De qualquer maneira, trata-se de um bonito drama romântico capaz de lidar com doença, rejeição e despedida sem punir seus personagens.

Avaliação: Bom

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