Crítica: “Cinquenta Tons Mais Escuros” traz erotismo mais tenso
O longa aborda tom de suspense para narrar as aventuras sexuais do casal Grey e Ana
atualizado
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“Cinquenta Tons Mais Escuros”, a começar pelo título, pretende levar o erotismo sadomasoquista de “Cinquenta Tons de Cinza” para vielas sombrias. Tanto que o filme abre com Christian Grey (Jamie Dornan), o bilionário de Seattle, tendo um pesadelo que envolve cenas da infância.
Ele perdeu a mãe, morta por overdose de crack. Presenciou tudo de perto, em casa. De alguma maneira esse trauma do passado vem à tona para assombrar o relacionamento tão picante quanto confuso com Anastasia Steele (Dakota Johnson).
Um thriller erótico com pitadas cômicas
Para um casal que vive entre pequenas crises sobre o prazer e suas definições individuais, nada melhor que um cineasta que passou pelos anos 1980 e 1990 entregando thrillers como “Caminhos Violentos” (1986) e “Medo” (1996).
O melhor de “Cinquenta Tons Mais Escuros” vem quando o filme assume essa veia escandalosa (e algo cômica) do suspense erótico e se entrega à vilania: Jack Hyde (Eric Johnson), o chefe desequilibrado de Ana na editora em que ela trabalha, Leila (Bella Heathcote), a ex-submissa de Grey, e Elena Lincoln (Kim Basinger), a femme fatale que introduziu o figurão ao sexo.
Só de superar o que havia de oco em “Cinza”, “Cinquenta Tons Mais Escuros” merece menos indiferença de quem não tem interesse nos livros de E.L. James. Sobretudo nas cenas de sexo e nas preliminares (sempre engraçadas).
Não chega perto dos melhores exemplares do thriller erótico, como “Vestida para Matar”, de Brian De Palma, ou “Instinto Selvagem”, de Paul Verhoeven. Mas já é alguma coisa.
Avaliação: Regular
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