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Crítica: Casal Improvável é comédia despretensiosa, crível e eficaz

No longa-metragem, Charlize Theron e Seth Rogen engatam um relacionamento que vai contra todas as probabilidades

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1 de 1 Casal-Improvável-Divulgação - Foto: Paris Filmes/Divulgação

O filme Casal Improvável estreia nos cinemas de todo o Brasil nesta quinta-feira (20/06/2019). Com direção de Jonathan Levine, o longa-metragem mescla — em dosagem certa — gêneros como o besteirol e a comédia romântica. O resultado é uma história crível, despretensiosa e eficaz, que entrega à plateia o prometido: boas risadas.

Em cena, uma dupla também inesperada para os padrões hollywoodianos: a bela Charlize Theron e o misto de ogro e nerd, Seth Rogen. Que cineasta pensaria em formar esse par romântico? Levine não só imaginou, mas colocou em prática. Coube a Dan Sterling e Liz Hannah elaborar um roteiro que conseguisse convergir dois estilos de vida totalmente opostos.

 

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Quem assina o longa-metragem é Jonathan Levine, conhecido por dirigir produções como Sexo, Drogas & Jingle Bells (2015)
A produção chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20/06/2019), dia em que é comemorado o feriado de  Corpus Christi no país
Na trama, Rogen vive um jornalista cheio de ideais, porém desempregado
Seth Rogen é Fred Flarsky, e tenta se  adequar à vida da namorada, que é candidata à presidência dos EUA
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Seth Rogen e Charlize Theron protagonizam o filme Casal Improvável

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Quem assina o longa-metragem é Jonathan Levine, conhecido por dirigir produções como Sexo, Drogas & Jingle Bells (2015)

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A produção chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20/06/2019), dia em que é comemorado o feriado de Corpus Christi no país

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Na trama, Rogen vive um jornalista cheio de ideais, porém desempregado

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Seth Rogen é Fred Flarsky, e tenta se adequar à vida da namorada, que é candidata à presidência dos EUA

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De um lado está Charlotte Field (Charlize Theron), secretária de Estado do governo americano. Competente e carismática, ela consegue o apoio do atual presidente e sai na frente na corrida à Casa Branca. Do outro, Fred Flarsky (Seth Rogen), um jornalista investigativo conhecido por fazer críticas ácidas aos poderosos. Ele decide pedir demissão do emprego após receber a notícia de que o site para o qual trabalha foi vendido para um grande conglomerado de mídia.

Sem forçar a barra, os roteiristas encontram o vínculo entre os dois personagens no passado. Ainda adolescente, Charlotte foi a babá de Fred. Um pouco mais novo, o garoto já nutria um crush na estudante com aflorado potencial político. Os caminhos voltam a se cruzar quando Fred é convidado pelo bem-sucedido Lance (O’Shea Jackson Jr), para afogar as mágoas e esquecer a sequência de fracassos que bate à sua porta. No mesmo evento está Charlotte, já preparando a imagem para a candidatura ainda não anunciada.

Apesar de um reencontro com final digno de vídeo cassetada do Domingão do Faustão, Charlotte resolve convidar o jornalista para ser o redator de seus discursos durante a campanha. Para isso, Fred terá de viajar por diversos países enquanto ela consegue a adesão de chefes de Estado para um projeto que será o seu chamariz na disputa eleitoral.

O envolvimento é óbvio, um homem e uma mulher viajando mundo afora, que acabam se apaixonando. Mas o que seriam das comédias românticas sem os seus bons e velhos clichês? E quem é aficionado pelo gênero, no fundo já espera por momentos assim nas produções.

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Apesar de passear pelo besteirol, Casa Improvável tem cenas dignas das melhores comédias românticas

Química no set
A parceria entre o cineasta Jonathan Levine e o ator Seth Rogen vem de longa data. Os dois trabalharam juntos em produções como 50% (2010) e Sexo, Drogas e Jingle Bells (2015). A química no set transparece na telona e Seth entrega uma interpretação redonda, inteligente. Com o humor rebuscado que ele já demonstrou em produções como Vizinhos (2014) e Ligeiramente Grávidos (2007).

 

Charlize Theron está marcada no imaginário dos cinéfilos com duas heroínas, a Lorraine Broughton de Atômica (2017) e a Furiosa, de Mad Max: Estrada da Fúria (2015). Em Casal Improvável a atriz também está na pele da “salvadora da pátria” mas, desta vez, no lugar da violência, a personagem usa o poder de lábia. É a rica, linda e inteligente Charlize, dando vida a uma mulher com qualidades semelhantes. Convence, mas está longe de ser a sua melhor atuação.

Ponto alto
Assuntos como racismo e machismo estão presentes nos diálogos do início ao fim do filme. As questões são abordadas sem a necessidade de reparos. São, por vezes, flechas certeiras atiradas com a leveza com a qual só o humor consegue empregar.

Avaliação: Bom

Confira o trailer:

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