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Crítica: “Bright” decepciona ao tentar reler filmes policiais

Filme estrelado por Will Smith é a tentativa da Netflix de se aproximar do cinema de blockbusters

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bright filme
1 de 1 bright filme - Foto: Netflix/Divulgação

Em “Bright”, tipo de filme mais divertido descrito do que visto, a Netflix tenta dar um passo adiante em sua imensa programação original (sobretudo de séries) e espelhar no streaming o sucesso que certas franquias (Marvel, “Star Wars”, Harry Potter etc) fazem no cinema.

Nada melhor que convocar Will Smith, estrela que não emplaca nada desde “MIB: Homens de Preto 3” (2012), e o diretor David Ayer, de “Esquadrão Suicida” (2016), aventura de super-heróis em que o astro teve papel importante e foi massacrada pela crítica. Certo?

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Joel Edgerton e Will Smith: policiais arriscam a vida em Los Angeles
Ward (Smith) e Jakoby (Edgerton): patrulhamento das ruas e tensões raciais
Ward, o experiente policial interpretado por Will Smith: a cinco anos da aposentadoria, mas destinado a participar de uma guerra mística entre humanos, orcs e elfos
Pôster de "Bright": Netflix tenta emplacar franquia de filmes
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Diretor David Ayer e ator Will Smith: dupla também trabalhou em "Esquadrão Suicida" (2016)

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Joel Edgerton e Will Smith: policiais arriscam a vida em Los Angeles

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Ward (Smith) e Jakoby (Edgerton): patrulhamento das ruas e tensões raciais

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Ward, o experiente policial interpretado por Will Smith: a cinco anos da aposentadoria, mas destinado a participar de uma guerra mística entre humanos, orcs e elfos

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Pôster de "Bright": Netflix tenta emplacar franquia de filmes

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Nem tanto. A Netflix só consegue mesmo replicar o que existe de pior em recentes sagas de Hollywood que fracassaram já na largada, como “A Múmia” e “Rei Arthur: A Lenda da Espada”, para citar exemplos fresquinhos.

Como num cruzamento entre o jogo “Warcraft” e filmes policiais, nos quais Ayer é especialista, “Bright” mostra uma Los Angeles em que humanos, elfos e orcs vivem longe da harmonia. Por ordem de um programa inclusivo, o experiente policial Ward (Smith) é obrigado a trabalhar diariamente com Jakoby (Joel Edgerton), orc que sempre sonhou em usar farda e distintivo.

Enquanto os humanos vivem razoavelmente bem, os orcs se escondem em bairros marginalizados, sofrem preconceito das outras raças e penam sob o cassetete da polícia de Los Angeles. Os elfos sequer andam entre os coirmãos, frequentando espaços privilegiados da metrópole.

Mitologia e polícia: encontro ruidoso
Eis que, meio a fórceps, descobrimos que as rivalidades atuais têm origem milenar e que existem militantes (os Inferni) interessados em reviver o temido Senhor das Trevas. A principal estratégia desses fanáticos envolve tomar posse de varinhas mágicas. Um desses artefatos está à solta. Até cair no colo de Ward e Jakoby durante um patrulhamento de rotina.

A primeira hora de “Bright”, apesar de irregular, tem lá seus momentos atraentes de brodagem policial e discussões sobre território na cidade grande. É o que o filme tem de mais próximo dos melhores trabalhos de Ayer (o found footage “Marcados para Morrer” e o roteiro de “Dia de Treinamento”).

Assim que a mitologia de varinhas começa a dividir espaço com tiroteios e cenas de luta, a aventura perde qualquer potencial de encanto.

Sobrando na trama, a vilã Leilah (Noomi Rapace) e Kandomere (Édgar Ramírez), agente elfo que trabalha na divisão do FBI dedicada a assuntos mágicos, evidenciam o quanto o roteiro de Max Landis (“American Ultra”) parece mais interessado em deixar pistas para prováveis continuações do que desenvolver bons personagens.

Dentro do já esperado direcionamento temático pensado pela Netflix, a produtora de séries geradoras de textões nas redes sociais, “Bright” decepciona ao tratar o racismo de maneira reducionista e simplória, como um mero desarranjo social.

Avaliação: Regular

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